"Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade." (II Pedro 3.18)
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quinta-feira, 1 de março de 2012
Manual do Discipulador
Nossos
objetivos é de ajudar as pessoas que estão interessadas em trabalhar com
discipulado do novo convertido, fornecendo-lhe algumas idéias sobre o conteúdo
do acompanhamento e sobre o modo de apresentá-lo.
Essas
aulas de discipulado serão planejadas para serem dadas num encontro especial. O
método pessoal individual é o mais eficaz de se trabalhar com o novo crente,
mas também é o que mais exige de nós no que diz respeito a conhecimentos.
Uma
parte importante do acompanhamento pessoal é a possibilidade de se abrir a
Bíblia, tendo ao lado uma folha de papel, e analisar com o novo crente uma
importante verdade bíblica.
Essas
aulas foram preparadas tendo este objetivo. Elas foram escritas de forma
padronizada, para facilitar o aprendizado. Cada uma apresenta cinco subdivisão.
·
Objetivos: Esta subdivisão indica o que estamos querendo obter em
cada aula de acompanhamento . Precisamos Ter um alvo definido, para , pôr ele,
avaliarmos nosso trabalho.
·
Revisão:
Esta subdivisão oferece sugestões para verificação de progresso feito como o
novo crente em seu crescimento espiritual, e sua retenção do ensino já
ministrado.
·
Lição:
Esta subdivisão serve para fixar a matéria que lhe estamos transmitindo em
determinado encontro. Ela nos fornece informações e dados necessários para que
possamos ministrar a aula e também responder as perguntas que possam surgir no
decorrer delas.
·
Tarefas:
Esta subdivisão oferece sugestões de tarefas que podem auxiliar o novo crente
no desenvolvimento espiritual pelo estudo ou pôr uma tarefa feita em casa.
·
Diagrama
da lição: Esta subdivisão sugere um método de apresentação das principais
verdades estudadas nas aulas e suas referências bíblicas. Mostra como podemos
colocá-la em forma de esboço numa folha de papel, para que futuramente o novo
crente possa decorá-la. Esta diagramação não deve ser uma “camisa de força”.
Mas apenas uma apresentação da lição. A repetição nunca é problema ao
discipulado, pois, na realidade, ela ajuda na fixação da lição aprendida.
Estes
estudos foram preparados com o objetivo de estimular o “discípulo”, crente já
discipulado, a iniciar esta obra tão importante mas tão esquecida: O
acompanhamento pessoal ao novo crente.
PROGRAMAÇÃO DAS
LIÇÕES DO DISCIPULADO E COMPANHEIRISMO
1
|
Certeza da
Salvação
|
2
|
Cultivando a
Vida Devocional
|
3
|
Integrando numa
Igreja
|
4
|
Poder Espiritual
para a vida
|
5
|
Oração
|
6
|
Obediência a
Deus
|
7
|
As Tentações
|
8
|
Discernindo a
Vontade de Deus
|
9
|
Testemunho
Pessoal
|
10
|
Vida Vitoriosa
|
11
|
Batismo e Ceia
do Senhor
|
12
|
Dízimos e
Ofertas
|
LIÇÃO 1 - A CERTEZA DE SALVAÇÃO
OBJETIVOS
· Verificar a
autenticidade da entrega de vida feita pelo crente.
· Examinar as
promessas bíblicas básicas para a obtenção da certeza de salvação.
· Começar a cultivar
um relacionamento de amizade com o novo crente
· Resolver quaisquer
problemas ou dúvidas que haja em sua mente
REVISÃO
·
Confirmar a entrega a Cristo feita pelo novo crente. Para
isto lhe dirigimos as seguintes perguntas:
·
Você crê que Jesus
morreu na cruz, pôr causa dos seus pecados e que ressuscitou entre os mortos.
·
Você se arrependeu sinceramente e pediu a Jesus Cristo
para entrar na sua vida?
·
Ele está em sua vida agora?
·
Como você sabe disso?(porque ele disse que estaria em
minha vida se eu lhe pedisse). Apocalipse
3.20
·
Pedir ao novo convertido que conte o que o levou a
entregar sua vida a Cristo.
A LIÇÃO
É
importante começar a reunir-se com o novo convertido dentro de um período de
até sete dias após a conversão. Ele precisará conhecer algumas verdades importantes
da Palavra de Deus, para continuar crescendo na vida cristã. As verdades mais
importantes são:
·
Promessa de vida eterna
·
Promessa de nos tornarmos filhos de Deus
·
Promessa de perdão dos nossos pecados
·
A necessidade de crer em fatos e não em
sentimentos
·
Testemunho interior do Espírito Santo
Explicar
cada um destes pontos com detalhes para o novo convertido. A sugestão de
apresentação diagramada que damos na parte V nos fornece uma idéia de como se
faz isto.
Primeira verdade: vida eterna
A
primeira parte a ser mostrada é a certeza de que temos a vida eterna com o
Senhor. Trata-se de uma maravilhosa promessa de Deus, para todos os que crêem
no evangelho. Temos que incentivar o novo crente a pensar nas Suas promessas.
Isto significa não somente uma vida sem fim com o Senhor, mas também uma
verdadeira comunhão com Ele, plena realização pessoal e felicidade eterna. Esse
é o futuro maravilhoso que aguarda a todos os que atendem a mensagem do
evangelho. Os versos seguintes são muito apropriados para o novo crente.
“E o testemunho é este, que Deus nos deu a
vida eterna; e esta vida está no se Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida;
aquele que não tem o Filho não tem a vida. Estas coisas vos escrevi
de saberdes que tendes a vida eterna.” (1 João 5:11-13)
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira de
deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.” (João 3:16)
“Pôr isso, quem crê no filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém
rebelde contra o filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”
(João 3:36)
Segunda verdade: promessa de nos tornarmos filhos de Deus
A
Segunda verdade que examinamos com o novo convertido é a promessa de fazermos
parte da família de Deus. Num sentido muito real, nós nos tornamos co-herdeiros
com Cristo das promessas de Deus. A salvação marca para nós o início de um
relacionamento com Deus, de Filho para Pai. É importante que o novo crente
compreenda que isto é um privilégio e um
meio de termos a certeza da salvação. Devemos mostrar-lhes os seguintes textos:
“Mas, a todos quantos
o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: os que
crêem em seu nome”(João 1:12)
“Pois todos vós sois
filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus.” (Gálatas 3:26)
“Pois todos os que
são guiados pelo espírito Santo de Deus são filhos de Deus; Ora, se somos
filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo.”(Romanos
8:14;17)
Terceira verdade: perdão dos pecados
Outra
grande verdade que precisamos comunicar ao novo crente é a promessa do perdão dos pecados, que temos em Cristo. Isso
retira do pecador aquele fardo de culpa e
desespero. É verdadeiramente maravilhoso pensar que Deus nos ama tanto,
que nos oferece perdão. O novo crente precisa aprender a apreciar este fato.
Provavelmente levaria algum tempo, talvez semanas, para que esta verdade acerca
do perdão lhe passe da mente para o coração. Devemos esforçar-mos bastante para
que isso aconteça. Mostremos a ele os seguintes versos:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça.” (1 João
1:9).
“Porque isto é o meu sangue,
sangue da aliança, derramado pôr em favor de muitos, para a remissão dos
pecados." (Mateus 28:26)
“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas
transgressões, e pela incircusinsão da vossa carne, vos deu vida juntamente com
ele, perdoando todos os nossos delitos.” (Colossenses 2:13)
Quarta verdade: fatos e não sentimentos
Aqui, devemos salientar a
importância de crermos em Deus, e nos firmarmos em Sua Palavra. O novo crente
precisa aprender a ter fé nas promessas de Deus, e não em seus sentimentos. Os
sentimentos muitas vezes ajudam a
substanciar as verdades da Palavra de Deus, mas o problema dos sentimentos é
que, em muitos casos, eles são controlados pelas circunstâncias. Nossa fé deve
firmar-se na rocha sólida da Palavra de Deus, e não na areia movediça dos
sentimentos. O novo crente deve fixar sua fé em fatos permanentes, e não em
circunstâncias, que sempre estão variando.
“Ora, como recebestes
a Cristo Jesus, o Senhor, (pela fé) assim andai nele” (Colossenses 2:6)
Quinta
verdade: testemunho do Espírito Santo
Os sentimentos têm o seu lugar na certeza de salvação experimentada
pelo novo crente. Isso diz respeito à experiência do testemunho do Espírito
Santo, quanto a sua filiação com Deus. Este testemunho interior é de aceitação
e de perdão que o verdadeiro crente experimenta. É uma sensação de nos
encontrarmos na posição certa, o que confere maior fundamento a nossa entrega
pessoal. Trata-se mais de um sentimento interior do que de uma emoção externa.
Os versos seguintes ajudam a esclarecer esta verdade:
“Nisto conhecemos que
permanecemos Nele, e Ele em nós, em que nos deu do seu Espírito.”( 1 João
4:13)
“Mas recebestes o
espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai O próprio Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus”(Romanos 8:15).
Sexta verdade:
vida transformada
O último ponto a ser ensinado, a fim de darmos ao novo crente a certeza
da salvação, é focalizar a sua atenção sobre as inexplicáveis mudanças que
estão ocorrendo em sua vida, tanto nos seus atos como em suas atitudes. O verso
2 de Coríntios 5.17 nos ensina que o novo crente se tornou em uma nova
criatura. Esta nova criatura leva uma vida transformada, que se evidencia pôr
vários fatos. O novo crente pode ver nessa mudanças uma prova que pode ajudar sua certeza. A Palavra
de Deus ensina que as seguintes mudanças devem ocorrer na vida do crente:
·
Ter um crescente
anseio, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que pôr
ele vos seja dado crescimento para salvação. (1 Pedro 2:2)
·
Um desejo verdadeiro
de guardar os mandamentos de Deus e ter uma
vida transformada. ”Ora, sabemos que o temos conhecido pôr isto: se
guardarmos os seus mandamentos.” (1 João 2:3)
·
Ter um crescente amor
por outros crentes, e buscar a comunhão com eles. “Nós sabemos que já passamos da morte para vida, porque amamos os
irmãos.” (1 João 3:14)
·
Ter o desejo de falar
de Cristo a outros. “como está escrito:
Eu cri, pôr isso é que falei., também nós cremos, pôr isso também falamos.”
(2 Coríntios 4:13). “Pois nós não podemos
deixar de falar das cousas que vimos e ouvimos.” (Atos 4:20)
TAREFAS
·
Aconselhar ao novo
crente a começar a ler a Bíblia. Se ele não possuir um exemplar, devemos incentivá-lo a comprar
uma. Em última hipótese poderemos
presenteá-lo com uma. Ele deve iniciar pelo evangelho de João, e ir sublinhando
todas as promessas que encontrar.
DIAGRAMA DA LIÇÃO
LIÇÃO 2 - A VIDA DEVOCIONAL
OBJETIVOS
·
Ensinar a importância de termos um
momento a sós com Deus.
·
Oferecer sugestões sobre a questão do
momento devocional.
·
Ensinar ao novo crente um método para o
estudo devocional da Bíblia.
·
Treinar este novo método com o
recém-convertido.
REVISÃO
·
Verificar como está a certeza da
salvação do novo crente. Será bom recordar com ele o papel dos sentimentos
nesta certeza.
·
Recordar o estudo do Evangelho de João.
Pedir que ele mostre as promessas que encontrou ali.
·
Pedir ao novo crente que fale das
reações que os amigos e parentes estão tendo com sua experiência. Talvez ele
esteja precisando de um pouco de ânimo e encorajamento.
·
Responder as perguntas que ele possa
ter, se for possível.
LIÇÃO
É essencial que o novo
crente estabeleça um momento de comunhão diária com Deus. Isto é de importância
básica para que ele tenha uma vida santa. É nesses momentos de contato
íntimo com o Senhor que o crente aprende
a conhecer melhor a Deus e sua vontade para sua vida , a orientação de Deus e
sua natureza. Todos os homens de Deus concordam entre si que o momento de
comunhão diária, para eles, é a parte mais importante da sua vida`. A Palavra
de Deus ensina, em várias passagens, que há necessidade de termos uma comunhão
a sós com Deus e com sua Palavra.
“Antecipo o alvorecer do dia e clamo; na tua
palavra espero confiante, os meus olhos antecipam as vigílias noturnas, para
que eu medite nas suas Palavras.” (Salmos 119:147-148)
“Antes o seu prazer está na lei do Senhor, e
na sua lei medita de dia e de noite.”
(Salmos 1:2)
“Desejai ardentemente, como criança,
recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que pôr ele vos seja
crescimento para salvação.” (I Pedro 2:2)
Existem
vários fatores que contribuem para que tenhamos
um bom momento devocional, disciplinadamente. Vejamos agora esses
fatores.
Planejamento
Temos que convencer o
novo crente de que é necessário planejar antecipadamente os detalhes do momento
devocional. Se ele pensar em tudo antes, poderá evitar tais como; desvios,
interrupções, conflitos com outras atividades. O momento devocional deve ser
feito numa hora que o indivíduo possa dar toda a sua atenção ao Senhor. Algumas
pessoas acham que cedo, pela manhã, é a melhor ocasião, outras preferem fazê-lo
à noite. Não existe uma hora que seja certa ou errada. O importante é escolher um momento em que
estejamos bem dispostos e possamos raciocinar cm clareza. Devemos pensar em
vinte ou trinta ,minutos, inicialmente, como tempo de duração do devocional,
para o novo crente. Mais tarde, provavelmente, ele achará que precisa de mais
tempo.
Um bom local
O novo crente precisa
encontrar um bom local para fazer seu devocional, onde esteja salvo de
interrupções e distrações. Isto é importante para que ele possa concentrar-se
apenas na palavra de Deus. Se possível, deve ser aconselhado a faze-lo num
lugar onde possa orar em voz alta. Em alguns casos, é necessário Ter dois
lugares, um para estudo da Bíblia e outro para oração. Vemos em Marcos 1:35 que
Jesus nos deu a importância de um lugar quieto. “Tendo-se levantado alta
madrugada, saiu, foi para um lugar deserto, e ali orava.”
O que fazer
O novo crente
precisará de algumas orientações sobre o que ele irá fazer durante o momento
devocional. Existem bons livros devocionais, mas creio que para o novo crente o
melhor meio, agora, não é ler esses
livros, mas, sim, fazer o seu próprio programa de estudo, independentemente.
Deve estudar um parágrafo ou capítulo da Bíblia de cada vez. Ele deve ler uma
determinada passagem, lentamente, várias vezes, e meditar nela. Abaixo damos
perguntas que ele pode aplicar a passagem estudada:
·
Esta passagem me fala de algum pecado
que devo abandonar?
·
Há nela alguma promessa de que devo me
apropriar?
·
Há nela exemplos que devo seguir?
·
Há nela advertências que devo
considerar?
·
O que ela me ensina acerca do Pai, Filho
e Espírito Santo?
·
Há nela quaisquer outras lições?
Estas perguntas
básicas podem ajudar muito o crente a entender a Palavra de Deus. Ele não deve
respondê-las apenas mentalmente, mas deve escrever as respostas. Vemos então a
importância de se ter um caderno para anotações. O novo crente deve manter um
registro de seus estudos diários. E pode fazer isto facilmente, com um simples
caderno espiral. Cada dia ele irá anotar os fatos relacionados com o seu
devocional, segundo o exemplo que damos abaixo.
Quando ele começar a
fazer as anotações na caderneta, estará alcançando vários objetivos. Poderá ver
seu progresso e fidelidade nisso, de maneira objetiva. Servirá também para ele
se auto disciplinar no estudo bíblico. E ele poderá aprender cada vez mais,
pois o fato de escrever sempre serve para fixar o que aprendemos.
DATA:______
REFERÊNCIA: ________________________________
.
1
|
Pecados a
abandonar.
|
|
2
|
Promessas
|
|
3
|
Exemplos
|
|
4
|
Advertências
|
|
5
|
Ensinos acerca de
Deus
|
|
6
|
Outras lições
|
|
7
|
Aplicação a minha
vida
|
|
Exemplos de anotações
na caderneta de estudo bíblico.
Oração
Outro elemento vital
na prática devocional do novo crente é a oração. É essencial que a oração se torne uma parte natural de sua
vida. Ele deve passar pelo menos cinco minutos do devocional em oração. Com o
passar do tempo, irá aumentando. Mas,
para começar, este período de tempo deve ser suficiente. Se
prescrevermos um período de tempo maior, ele pode sentir-se desanimado. Ele
deve organizar a sua própria lista de oração, como acessório necessário ao seu
momento devocional. Pode guardá-lo sempre no fim da caderneta de anotações.
Damos a seguir um exemplo de como pode ser a disposição desta lista.
Nº
|
Data
|
Pedido
|
Data Resposta
|
1
|
|||
2
|
|||
3
|
|||
4
|
|||
5
|
Modelo
para lista de oração
Um bom modo de levar
o novo crente a começar o estudo bíblico e a oração é presenteá-lo com a
caderneta, já com as anotações básicas. Isso pode evitar-lhe confusões.
Treino
Será bom passar,
juntamente com o novo crente, o método a ser utilizado no estudo devocional,
durante a aula de aconselhamento. Damos abaixo uma lista de textos dos quais o
conselheiro pode escolher uma para cada leitura – treino.
·
2 Corintios 5:16-21, 1
·
Corintios 13:1-7
·
Romanos 12:9-21
·
Filipenses 4:4-13
·
Colossenses 3:5-17
TAREFAS
DIAGRAMA DA LIÇÃO
LIÇÃO 3 - INTEGRAÇÃO NA IGREJA
OBJETIVOS
·
Ensinar o que é a igreja
·
Ensinar pôr que a igreja é necessária
·
Ensinar pôr que devemos ir a igreja
·
Ensinar como se escolhe uma igreja para
freqüentar
REVISÃO
·
Examinar a caderneta de anotações do
devocional. Verificar se ele tem sido fiel. Pedir-lhe que conte alguma coisa
que aprendeu na semana anterior.
·
Recordar a importância de se orar diariamente, e perguntar-lhe se já iniciou a
lista de pedidos de oração.
·
Se ele estiver com problemas quanto a
certeza da salvação, rever no capítulo que se trata desse problema.
·
Responder a quaisquer perguntas que ele
possa ter, antes de passar a lição.
LIÇÃO
É de suma
importância que o novo crente comece a igreja regularmente. O melhor modo de
convencê-lo da necessidade de freqüentar a igreja é responder as perguntas mais
comuns que possam surgir em sua mente, com relação a igreja. Esta aula foi
planejada exatamente tendo este objetivo em mira.
O que é a Igreja
A palavra igreja, na
Bíblia, tem dois sentidos. Pôr vezes, refere-se a todo o grupo de salvos do
mundo, isto é, à Igreja universal. Outras
vezes, refere-se a um determinado grupo de crentes de certo lugar, a igreja de
uma localidade. Muitas vezes ela é chamada de “o Corpo de Cristo”. Isto
significa que todos os crentes são parte do corpo espiritual de Cristo, o qual
da testemunho dele ao mundo de hoje. O trecho de 1 Coríntios 12. 1-27 explica
esta importante doutrina, e mostra que todos os membros são necessários para
que o corpo cresça, e se torne eficiente. O novo crente torna-se parte do corpo
no momento em que recebe a cristo. Naquele instante, quer esteja ciente disso
ou não, ele se torna parte do Corpo de Cristo.
Porque a Igreja é
necessária?
A igreja é necessária pôr diversas razões. O
melhor modo de se ensinar esta verdade é simplesmente apresentar as razões.
·
É necessária para que haja uma
organização dos crentes. Nosso Deus não é Deus de desordem (1 Coríntios 14:33)
e é lógico que não é de sua vontade que
haja confusões. Além disso, ela também fornece orientação aos crentes em geral,
e intensifica o crescimento. Em Atos 6, vemos claramente esta decisão.
·
Fornece aos crentes a oportunidade de
comunhão. A comunhão dos crentes entre si
é uma ordem de Deus. “ Não
abandonemos a nossa própria congregação...” (Hebreus 10:25). É extremamente
importante que o novo crente (todos os crentes) goze de uma boa comunhão com os outros. A igreja nos oferece
esta oportunidade. Num bom ambiente de boa comunhão, os crentes se conformam
mutuamente (Romanos 1:12), cooperam uns com os outros (1 Coríntios 12:14-27), e
pôr fim também partilham das alegrias e dos fardos uns dos outros (Gálatas
6:2).
·
Oferece condições para que o crente seja
doutrinado. Uma boa igreja deve treinar seus crentes na doutrina, para eles
possam crescer na vida espiritual e ajudar os outros. É importante que
conheçamos as doutrinas de nossa fé.
·
Dá-nos oportunidade de adorarmos a Deus
em grupo. Deus exige de nós um louvor constante, e em amor. Essa adoração pode
ser individual ou coletiva. O culto em grupo, com cânticos e louvor a Deus,
tanto serve para honrar e adorar ao Senhor , como contribui para o nosso crescimento
espiritual.
·
Dá-nos a oportunidade de trabalharmos
para o Senhor. A igreja constitui em um local onde podemos exercitar os dons
que Deus nos deu. Ali podemos trabalhar, juntamente com os outros, na pregação
do evangelho ou em outros projetos. Deus ordena que façamos boas obras, as
quais demonstram nossa fé.
É uma pergunta muito
válida. Sua resposta tem duas partes.
Primeiro, devemos freqüentar a igreja pôr todas as razões acima, quando falamos
da necessidade da igreja. E em segundo lugar, mesmo que não conhecêssemos essas
razões para a igreja ser tão necessária a nós, bastaria sabermos que Deus nos
ordena que freqüentemos (Hebreus 10:25). Ao mencionarmos isso ao novo crente,
será bom darmos a essa pergunta uma resposta mais profunda. Nossa associação a um
grupo cristão evita que caiamos no erro de abraçar idéias extremas. É muito
fácil o novo crente cair em erros de doutrinas, cultos falsos, ações e atitudes
extremas. As forças atuantes dentro do grupo ajudam a atenuar estas tendências. Além disso, na igreja, o
novo crente tem contato com crentes mais amadurecidos, que sabem encontra
soluções para os problemas, melhor que ele.
“Mas o alimento sólido é para os adultos,
para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para
discernir não somente o bem, mas também o mal.”(Hebreus 5:14)
Que igreja devo freqüentar
O novo crente precisa
não apenas integrar-se numa igreja, mas também, na igreja adequada. Existem
muitos critérios que podem ajudá-lo a escolher a congregação que deve
freqüentar . São as seguintes:
·
Freqüentar uma igreja que pregue a
mensagem do evangelho e tenha uma atmosfera de amor.
·
Freqüentar uma igreja onde se pregue a
necessidade de uma decisão pessoal, para se receber a Cristo como Senhor e
Salvador.
·
Freqüentar uma igreja, cujos membros
demonstrem conhecer e viver uma nova vida em Cristo.
·
Freqüentar uma igreja onde se dê ênfase
ao trabalho de missões, e se sustente esse trabalho.
Graças a Deus, o
Ministério Redil, satifaz, plenamente, estas condições acima. Portanto, esta aula
deve servir para mostrar-lhe pôr que sugerimos que ele freqüente a nossa
igreja.
Obs.: Devemos incentivar ao máximo a frequência
do novo crente a igreja.
TAREFAS
·
Pedir ao novo crente que continue a
fazer suas anotações na caderneta de estudos devocionais.
·
Insistir para que ele vá a uma igreja
nesta semana. Se preciso, o conselheiro deve levá-lo
DIAGRAMAÇÃO DA LIÇÃO
|
3. Os membro são cheios do Espírito Santo
LIÇÃO 4 - PODER ESPIRITUAL PARA A VIDA
LIÇÃO 4 - PODER ESPIRITUAL PARA A VIDA
OBJETIVOS
·
Ensinar as promessas de Deus relativas à
vida abundante.
·
Mostrar o papel do Espírito Santo na
vida cristã.
·
Explicar o significado da plenitude do
Espírito Santo.
·
Mostrar os requisitos para se ter poder
espiritual.
REVISÃO
·
Examinar a caderneta de anotações sobre
o devocional. Verificar se tem sido fiel na observância do devocional.
·
Recordar a lição acerca da igreja,
estudada na aula interior. Verifica-se se ele está lendo. Salientar novamente
pôr que é importante que ele se integre na igreja.
·
Responder a quaisquer perguntas que ele
possa ter.
LIÇÃO
É
importante que o novo crente conheça a fonte de poder que se acha ao seu dispor
na vida cristã. As verdades acerca da plenitude do Espírito Santo são de grande
valor para se ter uma vida cristã realmente plena. Uma boa compreensão delas no
inicio da carreira cristã serve para
evitar muitos erros e frustrações no desenvolvimento. A lição de hoje trata
dessa verdade. Ela está dividida em três pontos, o que ajudará na fixação da
matéria.
A promessa de poder e sua fonte
Aprender a encher-se
do Espírito Santo de Deus, isto é, ser dirigido e capacitado pôr Ele para a
vida, é o segredo da vitória espiritual e do sucesso do crente. Somente quando
isso se torna realidade na vida do crente é que muitas das promessas da Palavra
de Deus se tornam, concretas para ele. Cristo prometeu uma vida abundante e
plena a seus seguidores. “Eu vim para que tenham vida e vida em abundância.”
(João 10:10)
Essa vida abundante
seria caracterizada tanto pela eficiência no serviço cristão como pela
plenitude. Essa plenitude é demonstrada pelas características do fruto do
Espírito. Os versos seguintes ilustram isso.
“Não fostes vós que escolhestes a min; pelo
contrário eu vos escolhi a vós outros; e vos designei para que vades e deis frutos,
e o vosso fruto permaneça.” (João 15:16)
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” (Gálatas 5:22-23.)
O Espírito Santo é a
fonte de energia espiritual que nos capacita a viver assim. Somente quando
somos cheios do Espírito santo de Deus é que temos capacidade de levar este
tipo de vida.
“Mas recebereis poder ao descer sobre vós o
Espírito Santo.”(Atos 1:8)
O que significa ser cheio do espírito
Jesus Cristo vive em nós,
e pôr nosso intermédio chega aos outros, pelo poder do Espírito Santo. Ser
cheio do Espírito, na realidade, significa ser cheio de Cristo, e permanecer
nEle. Foi isso que Paulo quis ensinar
quando disse o seguinte: “Estou
crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive em min, mas Cristo vive
em min.”
O texto de Efésios
5:18 descreve o que isto significa. Esta passagem nos oferece muitos
esclarecimentos sobre essa importante verdade. “E não vos embriagueis com vinho, no qual ha dissolução , mas enchei-vos
do Espírito.” Aqui Paulo faz uma comparação entre encher-se do Espírito e
embriagar-se. Isso demonstra que a plenitude do Espírito envolve, basicamente a
direção nossa vida. A questão é: quem ou que dirige a nossa vida? Uma pessoa
embriagada é dirigida pelo álcool que
circula em seu sangue. Ela não tem mais um comportamento normal, e nem é
dirigida pôr si própria. Já a pessoa cheia do Espírito é dirigida pôr Cristo, e
também não se comporta ”normalmente”. Segundo o mundo. Em ambos os casos, o indivíduo
não está dirigindo a si próprio.
Ser cheio do Espírito
Santo não é uma questão de maturidade, mas sim, de direção de vida. Um crente
maduro deve ser cheio do Espírito, mas existem outros elementos que concorrem
para a sua maturidade. O crente espiritual é aquele que permite que Cristo
dirija sua vida. Ele pode encontrar-se em qualquer nível de conhecimento
espiritual, e ser cheio do Espírito. A maturidade vem com o decorrer do tempo e
pelo fato de termos a vida controlada pôr Cristo. É assim que o enchimento do
espírito se acha em relação ao nosso crescimento e maturidade espiritual.
Como Podemos Estar Sempre Cheios do Espírito Santo
Existem certas
condições, para que sejamos cheios do Espírito. E é preciso que estejamos
sempre preenchendo essas condições, e não somente uma vez, pois a plenitude
espiritual não ocorre de uma só vez e para sempre, mas é, isso sim, um processo
contínuo. É bom que salientemos estas coisas para o novo crente. Para ser
cheio, não é tanto pedir, mas satisfazer as condições impostas pelo Senhor.
·
Primeira condição: desejar. É preciso
que a pessoa deseje realmente que Deus assuma o controle de toda a sua vida.
Ela precisa querer muito esse poder para viver vitoriosamente. Todo seu ser —
mente, vontade e emoções — deve estar entregue a Cristo.
“Bem aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque serão fartos.” (Mateus 5:6)
·
Segunda condição: entregar a direção de
nossa vida a Cristo. O crente precisa tomar a decisão de largar as rédeas de
sua vida. Se não o fizer, de nada adiantarão o seu desejo e as petições para
que Deus o encha. Ele tem que deixar Cristo controlar e usar sua vida, a fim de
ser cheio do Espírito. Lembremos a atitude de Paulo, expressa em Gálatas 2.20:
“Estou crucificado com Cristo; logo, jà não
sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.”
Vemos
isso também em Romanos 12.1:
”Rogo-vos pois, irmãos pelas misericórdias de
Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo...”
·
Terceira condição: uma vida obediente. É
de extrema importância que caminhemos sempre em obediência à vontade de Deus. O
crente não tem outra opção senão obedecer aos mandamentos da Palavra de Deus.
Nossa rendição pessoal ao senhorio de Cristo implica em entregarmos nossa
vontade a ele para obedecer-lhe em tudo. Essa obediência é uma prova que damos
de nossa salvação e de nosso amor por Ele. O verso seguinte mostra isso
claramente:
“Vós sois meus amigos se fazeis o que vos
mando.” (João 15:14)
·
Quarta condição: purificação. Deus não
enche um vaso impuro. O crente deve aprender que, quando peca, precisa
confessar o pecado a Deus. Foi assim que Deus determinou que fizéssemos com o
pecado que porventura surgisse em nossa vida. Vemos essa verdade em 1 João 1:9
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
Confessar
não é simplesmente dizermos ao Senhor que estamos sentidos por havermos pecado,
mas implica também em nos arrependermos (abandonar o pecado) e confiarmos em
que Deus nos perdoou. Tais elementos são essenciais. A palavra confessar
significa concordar com Deus no que diz respeito aos nossos pecados.
São essas as
condições que precisamos satisfazer para sermos cheios do Espírito Santo de
Deus. Se as preenchermos, depois, com um simples ato de fé, rendemos a vida a
Cristo, pedindo-lhe que a dirija, e confiamos em que ele passou a dirigi-la e
continuará a fazê-lo. Para permanecermos andando no Espírito, basta que
procuremos satisfazer estas condições diariamente.
Em outras aulas,
examinaremos outros fatores que afetam o amadurecimento espiritual do crente. A
verdade básica a salientar neste ponto é a importância de rendermos o controle
de nossa vida a Jesus.
TAREFAS
·
Pedir ao novo crente para continuar
fazendo anotações do estudo bíblico na caderneta do devocional.
·
Verificar seu envolvimento na igreja.
DIAGRAMA DA LIÇÃO
|
LIÇÃO 5 - ORAÇÃO
OBJETIVOS
·
Conscientizar o novo crente acerca da
importância de se ter constância na oração.
·
Ensinar os objetivos da oração.
·
Ensinar como a oração pode ser eficaz.
·
Advertir contra os possíveis empecilhos
à oração eficaz.
REVISÃO
·
Examinar sua caderneta de devocionais
repassar o que ele tem aprendido no momento devocional verificar se ele tem
sido fiel na observância do devocional.
·
Recapitular as aulas anteriores. É
importante que o novo crente compreenda bem em que consiste a vida vitoriosa.
Recorde a aula anterior fazendo-lhe as seguintes perguntas:
·
De onde nos vem o poder de que
precisamos para a vida cristã?
·
O que significa “ser cheio” do Espírito?
·
Quais são os requisitos para sermos
cheios?
·
O que significa confissão e por que é
importante?
·
Responder a quaisquer perguntas que ele
possa fazer.
LIÇÃO
A oração é um fator
básico para termos uma vida cristã abundante. Se ela não for constante na vida
do crente, ele não poderá crescer no relacionamento com cristo de modo
significativo. Embora já tenhamos ensinado como se faz a lista de oração na segunda aula de
discipulado ainda há muito que aprender
sobre esse assunto.
Precisamos salientar
para o recém-convertido que a oração é a comunicação verbal do crente com Deus.
Isto significa que orar é simplesmente conversar com Deus e correspondermos às
Suas Palavras. Num certo sentido, ela é a outra parte no divino processo de
comunicação. A primeira parte é a mensagem, de Deus para nós através de Sua
Palavra. A segunda parte é a nossa resposta a ele, por meio da oração.
Muitos novos crentes
não entendem bem o que seja orar. Geralmente, pensam que a oração deve ser
cercada de uma liturgia, terminologia e ritual próprios. Temos que lhe mostrar
que a oração é apenas uma questão de conversar com Deus. Não é preciso que
saibamos uma linguagem complicada e floreada, nem que observemos determinado
ritual. A verdade é que Deus simplesmente
deseja que conversemos com ele.
E tão pouco é uma
questão de meramente repetir palavras. As palavras que dizemos precisam ser a
expressão do nosso coração. Não apenas temos que falar com Deus, mas também
devemos ser sinceros naquilo que dizemos oração que não parte do nosso coração
é inútil e não passa de uma ação vazia de significado.
Objetivos da oração
A palavra de Deus nos
revela inúmeros objetivos que são atribuídos à oração. É necessário ensinar ao
novo crente para que esse tenha a motivação certa, e se entregue realmente à oração.
Damos a seguir uma lista dos principais objetivos da oração:
·
A oração satisfaz os mais profundos
anseios da alma humana. Deus nos criou com a necessidade de termos comunhão com
ele, o que só é possível pela oração. Somente a oração consegue resolver o
problema da solidão interior e da inquietude da alma humana. Isto nos é
ensinado claramente nos seguintes textos: Salmos 4:1-2 e 63:1, 5-8.
·
A oração é um meio que Deus nos
proporciona para eliminarmos os problemas das preocupações. Preocupações e
ansiedades devem ser coisas desconhecidas para o crente. Uma característica da
transformação sobrenatural que ocorre na vida do salvo é justamente o fato de
ele ficar livre de tais problemas. O homem natural não possui recursos para
resolver esses problemas. Os versos seguintes ensinam isso claramente:
Filipenses 4:6,7 e I. Pedro 5:7.
·
A oração é meio pelo qual falamos a Deus
de nossas necessidades e interesses. Não precisamos apenas desejar que Deus
saiba as nossas necessidades e carências. Deus nos concedeu, na oração, um meio
justo de lhe falarmos sobre nossas necessidades. Ela é também um instrumento
por meio do qual tomamos providencias com relação a tudo que nos interessa.
Esses interesses podem ser pessoais, trabalho, missões, etc. Os textos
seguintes ensinam isto: João 16:23-27 ; Hebreus 4:16 ; 1 João 5:14.
·
A oração nos fortalece na luta contra a
tentação e o pecado. Uma maneira de vencermos a tentação e ao pecado é pela
oração as escrituras nos ensinam claramente que um importante objetivo de
orarmos é pedir a Deus forças e sabedoria para lutar contra as tentações e o
pecado. Os versos seguintes mostram isso com muita clareza: Mateus 6:13 ; 26:41
; 2 Tessalonissenses 3:1-3.
Como Devemos Orar
Mas não basta o novo
crente saber por que deve orar. Ele precisa também receber algumas instruções
acerca de “como” orar. Nestes parágrafos, daremos algumas informações práticas
sobre como se aprende a orar bem. A seguir apresentamos cinco passos para se
ter uma oração poderosa. É importante que o novo crente entenda claramente
todos estes pontos.
·
Ser equilibrado. Um fato que acontece
com muitos crentes novos é que se apegam a determinado tipo de oração. Uma
pessoa, por vezes, fica continuamente pedindo a Deus que supra suas
necessidades; outra ora por missões; outra ainda ora apenas pelos outros e se
esquece de si mesma. Deve haver um bom equilíbrio em nossos assuntos de oração.
O texto de Mateus 6.9-15 apresenta os elementos essenciais de uma boa oração.
São os seguintes:
·
Adoração – a nossa primeira atitude na
oração deve ser a de adorar a Deus, pelo que Ele é.
·
Confissão – devemos confessar a Deus,
através da oração todos os pecados cometidos por nós.
·
Intercessão – antes de orarmos por nós
mesmos, temos que orar pelos outros, tais como: família, parentes, irmãos,
amigos, liderança da igreja, etc...
·
Petições pessoais - quando expressamos
para Deus nossas necessidades e anseios pessoais.
·
Ações de graça - quando agradecemos a Deus pelas respostas às nossas
petições, suprimento de necessidades, ou então, crendo que Ele ouviu a nossa
oração e fará o melhor por nós e em nós.
·
Adoração – novamente, claro que sim,
depois dos elementos acima e, de inicialmente termos adorado pelo que Deus é.
Agora estaremos adorando e louvando a Deus pelo que Ele fez, faz e continuará
fazendo em nossas vidas
Ajudemos
o novo crente a obter esse equilíbrio, inserindo em suas orações esses os
elementos acima mencionados.
·
Ter organização. Outro erro muito comum
entre os crentes é o seguinte: tencionam orar por determinado assunto, mas
depois o esquecem. A solução é procurar ser organizado, e o melhor modo de
fazê-lo é preparar uma lista com seus pedidos de oração. Aqui poderemos
recapitular o que já foi dito sobre a preparação da lista, na aula de
discipulado 2. Os versos seguintes abordam esta questão da necessidade de
sermos organizados, no que se refere à oração: Efésios 1:16; Colossenses 1:9; 1
Tessalonicenses 1:2.
·
Ser constante. Não é importante apenas
que rejamos organizados em nossas orações, mas também que sejamos constantes.
Somente quando o novo crente se torna disciplinado e constante em sua comunhão
com Deus é que ele passa a desfrutar dos benefícios dela. A oração deve
tomar-se um vital e constante meio de comunicação com Deus. Uma forma de fazer
isso é recorrer à oração em frases. Trata-se de elevar cada pedido a Deus em
uma sentença, no decorrer do dia, à medida que eles nos vêm à mente. isso nos
ajuda muito a ser perseverantes. (Romanos 1:12; 1 Tessalonicenses 5:16.)
·
Fazer pedidos específicos. Outro erro
também muito comum entre os crentes é fazer orações indefinidas. E importante
que entendam que é preciso orar de modo específico, por determinada coisa, pois
só assim poderão ver claramente as resposta de oração. Devemos dar ao novo
crente sugestões de pedidos específicos pelos quais deve orar.
·
Ser persistente. Muitos crentes oram uma
vez por um certo assunto e depois o abandonam. Ou então oram durante algum
tempo, mas depois se desanimam e param. Embora a oração específica, por vezes,
traga consigo o problema da oração não respondida, as Escrituras ensinam
claramente que Deus muitas vezes retarda sua resposta. Há muitas razões para
isso, mas uma das principais é que Ele deseja que aprendamos a ser pacientes e
persistentes na oração. Tal atitude demonstra nossa disposição de confiar em Deus
e em sua escolha do tempo certo. Devemos ajudar o novo crente a entender esta
verdade, mostrando-lhe os seguintes versos: Lucas 11:5; 18:1; Romanos 1:9-10.
Empecilhos à Oração Eficaz
Outra lição a se
ensinar ao novo crente acerca da oração é a que diz respeito aos possíveis
empecilhos em sua vida. A Bíblia fala de muitos obstáculos à oração e nos
adverte a respeito deles. Damos, a seguir, uma lista de alguns desses
empecilhos. Não há necessidade de comentarmos demoradamente esses problemas.
·
Ele pode não estar orando em fé, crendo
(Tiago 1:5-8).
·
Ele pode não estar orando o suficiente,
ou não estar realmente pedindo nada (Mateus 21:22; Tiago 4:3).
·
Ele pode estar orando por motivos
errôneos (isto é, egoísticos) (Tiago 4:3).
·
Ele pode estar abrigando no coração
pecado não confessado (Salmos 66:18).
·
Ele pode estar lutando com problemas
conjugais ainda não solucionados (1 Pedro 3:7).
·
Ele pode estar fora da vontade de Deus
(1 João 5:14-15).
TAREFAS
·
Peça ao novo crente para continuar
fazendo as anotações na caderneta de estudo bíblico do momento devocional.
·
Procure marcar uma hora para orar com o
novo crente, ou então procure integrá-lo em um grupo de oração.
DIAGRAMA DA LIÇÃO
|
LIÇÃO 6 - OBEDIÊNCIA A DEUS
OBJETIVOS
·
Ensinar o significado da verdadeira obediência.
·
Motivar o novo crente a obedecer.
·
Fornecer-lhe orientações práticas, para que se torne
obediente a Deus.
·
Indicar áreas de sua vida em que pode estar
precisando de obedecer a Deus.
REVISÃO
·
Verificar sua caderneta de estudo devocional. Ver se
ele tem sido fiel no estudo.
·
Recapitular a aula anterior sobre oração, fazendo-lhe
as seguintes perguntas:
·
O que é oração?
·
Por que ela é necessária?
·
Como nossas orações podem tornar-se mais eficazes?
·
Cite alguns dos empecilhos que podem atuar em nossa vida,
prejudicando nossas orações.
·
Responder a quaisquer perguntas que ele possa ter.
LIÇÃO
“Ora, sabemos que o temos conhecido por isto:
se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os
seus mandamentos, é mentiroso e nele não está a verdade.” (1 João 2:3-4.)
A
obediência é um elemento-chave para uma vida vitoriosa. A Palavra de Deus
confere grande importância a esta virtude, que é uma prova de nossa consagração
pessoal a Deus. Na passagem acima, João afirma que a obediência é um sinal de
que o indivíduo é realmente salvo. E essencial que ajudemos o novo crente a
cultivar uma vida de obediência. E isso não acontece da noite para o dia.
Contudo, podemos iniciar o processo, mostrando-lhe com clareza a necessidade da
obediência e os métodos para isso.
O que Significa Obedecer?
Um
dicionário define obediência como sendo “o estado ou ato de submissão à vontade
de outrem”. Esta definição contém algumas implicações práticas para o crente.
Primeiro, ela dá a entender que, para obedecer, é preciso que haja uma
autoridade que será objeto de nossa obediência. Em nosso caso, essa autoridade
a quem prestamos obediência é Deus. Em segundo lugar, essa definição ensina que
a verdadeira obediência não é apenas um ato, mas também uma atitude interior de
submissão. Isto significa que a verdadeira obediência é produto de uma decisão
interior de sermos submissos, e não de uma submissão forçada, involuntária.
Isso
parece indicar claramente que a verdadeira obediência, no plano espiritual, é o
ato de se seguir a vontade de Deus na nossa vida, em todos os aspectos, por um
desejo do próprio coração. A verdadeira obediência a Deus também pode ser
definida em termos daquilo que ela não é.
·
A verdadeira obediência não é servir a Deus em nossos
próprios termos, embora muitas vezes seja desse modo que tentamos servir ao
Senhor.
·
A verdadeira obediência não resulta de um
asceticismo, nem ele é fruto da obediência. Não precisamos nos tomar aviltados
para sermos obedientes ao Senhor. Obedecer não implica em deixar de nos
alegrarmos ou de possuirmos bens.
·
A verdadeira obediência não é apenas uma conformidade
exterior com os seus mandamentos. Um importante característica da verdadeira
obediência é que ela procede do coração. Se não tivermos um desejo sincero, partido
do coração, de sermos obedientes, nossos atos de obediência aos mandamentos de
Deus não passam de mero legalismo.
Por que Devemos ser obedientes?
Será
bom apresentarmos ao novo crente razões para a obediência, a fim de que ele se
sinta corretamente motivado a tornar-se obediente no viver diário. A seguir,
damos uma lista de três razões básicas para a obediência, e essas devem ser
suficientes para incentivar qualquer novo convertido.
·
Devemos obedecer a Deus porque ele nos ama, e merece
nosso amor e obediência. Não é preciso pensar muito no que Deus fez por nós
para que fiquemos maravilhados com seu amor desinteressado. Não é difícil
obedecer a alguém que nos ama assim. Leiam-se os seguintes versículos: 1 João
4:16; 5:2; Apocalipse 4:11.
·
Devemos ser obedientes porque é um modo prático de
demonstrar amor por Deus. Isso faz com que nosso amor deixe de ser um mero
palavreado e passe a ser demonstrado na prática. Esta prova de nosso amor para
com Deus deve estar presente em todos os aspectos de nossa vida. Os versos
seguintes mostram isso claramente: João 14:21; 1 João 5:3.
·
Devemos ser obedientes porque Deus ordena que
sejamos. Quando Deus ordena que façamos qualquer coisa, não temos outra opção
senão fazê-lo. Os textos seguintes apresentam a vontade de Deus nesta questão:
Deuteronômio 10:12-13; 1 Timóteo 6:14; Tiago 1:22; 1 João 5:2-3.
Como nos tornamos obedientes?
É
importante oferecer ao novo crente sugestões práticas para ele cultivar uma
atitude de obediência a Deus. Damos abaixo quatro passos para se obter essa
atitude.
·
Primeiro passo: conhecer os mandamentos de Deus. Será
difícil para uma pessoa ser obediente, se ela não sabe a que vai obedecer. É
importante termos um conhecimento sempre crescente da Palavra de Deus para
vermos, com clareza, o que Deus quer que façamos. Ele já nos revelou muita
coisa daquilo que deseja de nós. Os versos seguintes abordam essa questão:
Salmos 119:11, 105, 130; 2 Timóteo 3:16.
·
Segundo passo: buscar o poder de Deus. Com nossas
próprias forças será impossível nos tomarmos obedientes a Deus. Temos que
buscar o poder do Senhor, para que sejamos capazes de realizar sua vontade.
Através do seu Santo Espírito, Deus nos concede forças para isso. Na Aula de
discipulado 4, falamos como podemos receber o poder de Deus, pelo enchimento do
Espírito Santo. Recapitulemos essa lição, e também leiamos os seguintes
versículos: Atos 1.8; Gálatas 2:20; Efésios 5:18; Filipenses 4:13.
·
Terceiro passo: ter uma atitude certa. A atitude que
temos para com Deus, no que diz respeito à obediência a ao trabalho que fazemos
para ele, terá uma influência muito grande sobre nós, no que se refere a termos
ou não uma vida obediente. A Palavra de Deus apresenta várias atitudes que
podemos ter, as quais influenciarão diretamente na formação da verdadeira
obediência em nosso coração.
·
Ter prazer em fazer a vontade de Deus. Você tem essa
atitude no coração? Se não, basta que peça a Deus e Ele lhe dará esse
sentimento. O verso seguinte fala claramente desta atitude: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu;
dentro em meu coração está a tua lei.”
(Salmos 40:8.)
·
Fazer a vontade de Deus diligentemente. Ao buscarmos
fazer a vontade de Deus não podemos ter uma atitude descuidada. Você tem sido
diligente na realização da usa vontade? “Hoje
o Senhor teu Deus te manda cumprir estes estatutos e juízos; guarda-os pois, e
cumpre-os de todo o teu coração e de toda a tua alma.” (Deuteronômio
26:16.)
·
Ser sincero na obediência. Deus não quer uma
obediência fingida, mas sincera. Esforcemo-nos para realizar sua vontade com toda
a sinceridade de coração. “A que caiu na
boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra;
estes frutificam com perseverança.” (Lucas 8:15)
·
Quarto passo: aprender a vencer as tentações. Será
importante que o novo crente aprenda como deve encarar as tentações, para que
possa levar uma vida de obediência a Deus. Na aula de discipulado 7,
ensinaremos como o crente deve reagir às tentações. Portanto, aqui vamos apenas
mencionar esse passo. Digamos ao novo crente que estudaremos o assunto com
maiores detalhes na próxima aula.
“Não vos sobreveio tentação que não fosse
humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas
forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de
sorte que a possais suportar.” (1 Coríntios 10:13)
Será
proveitoso que encerremos esta aula, dando ao novo crente algumas sugestões
práticas sobre os aspectos de sua vida nos quais ele esteja precisando de
obedecer. Damos abaixo uma lista de áreas práticas nas quais pode haver
necessidade de obediência.
·
Testemunhar do evangelho
·
Frequência e integração na igreja
·
Oração
·
Estudo bíblico e momento devocional
·
Trabalho
·
Cônjuge
·
Controle do tempo
·
Prioridades, etc.
TAREFAS
·
Pedir ao novo crente para continuar com as anotações na
caderneta.
·
Verificar como está indo sua integração na igreja.
DIAGRAMA DA LIÇÃO
|
LIÇÃO 7 - AS
TENTAÇÕES
OBJETIVOS
·
Ajudar
o novo crente a compreender o que é realmente a tentação.
·
Reconhecer a origem das tentações.
·
Expor as condições para se ter vitória
constantes sobre as tentações
REVISÃO
·
Verificar sua caderneta de estudos
devocionais. Pedir-lhe que fale sobre as
lições que Deus tem lhe ensinado.
·
Recapitular a lição anterior,
fazendo-lhe as seguintes perguntas:
·
que significa ser obediente?
·
Por que devemos ser obedientes
·
Quais os passos que devemos dar
para nos tornarmos obedientes ao Senhor?
Cite algumas áreas de nossa vida que precisamos ser obedientes.
·
Responder a quaisquer perguntas que ele
possa ter.
LIÇÃO
“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não
permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário,
juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais
suportar” (1 Coríntios 10:13)
O novo crente precisa
saber o que fazer para vencer as tentações e tornar-se mais amadurecido. A
tentação é um impulso inicial para se cometer certo pecado. A tentação em si
não é pecado. Contudo, se não for encarada da maneira certa, ela pode logo
tornar-se pecado. Devemos salientar para o novo crente essas duas facetas da
tentação. Muitos recém convertidos pensam que ela é pecado, e quando são
tentados pensam que já pecaram. Precisamos ensinar-lhes que isto não é pecado.
Por outro lado, o novo crente muitas vezes toma uma atitude de indiferença com
ela, e o resultado, geralmente, é que ela cai em pecado. Precisamos nos
certificar de que ele entenda bem todos os pontos desta lição.
As fontes da tentação
A Bíblia ensina que a
tentação para o pecado nos vem de três direções. Nos parágrafos seguintes
explicamos cada uma dessas fontes de tentação.
·
Satanás (o diabo). As escrituras ensinam
claramente que Satanás é uma fonte de tentação para o pecado. Desde o primeiro
livro da Bíblia, Gênesis, até o último, Apocalipse, vemos Satanás em ação,
tentando enredar os homens a leva-los a pecar. E o novo convertido não se acha
imune a esta ameaça. Ele deve aprender a enxergar as artimanhas do diabo, e
entender que ele o tentará por meio
delas. Os versos seguintes serão valiosos neste sentido: Gênesis 3:1-5; 1 Pedro
5:8; Apocalipse 20:1-3
·
A Carne. É responsável pela tendência
nossa de viver de acordo com os apetites do corpo. Ela se encontra em uma
batalha constante com a nova vida do cristão, procurando fazer com que ele
volte aos seus antigos hábitos de vida, e se torne egoísta. O novo crente deve
saber que as tentações virão dessa fonte, e deve aprender a supera-las. Os
versos seguintes nos falam sobre essa fonte: Romanos 8:5-13; Gálatas 5:16-26.
·
Mundo. A tentação que nos vem dessa
fonte tem a forma de uma tentativa sutil de levar-nos à conformidade com as
atitudes prevalecentes no ambiente em que vivemos, e com a atmosfera dele.
Essas tentações são as seguintes: sentir-se seguro pela posse de bens ou por
realizações próprias; pensar que a vida pode ser vivida sem um relacionamento
vital com Deus; adotar outras idéias que partem de uma sociedade decaída e
atéia. O novo crente deve ser alertado contra essas tentações e deve aprender a
vencê-las. Os versos seguintes nos ensinam acerca dessa fonte: Jeremias 16:33;
Romanos 12:2; 1 Timóteo 6:10; 1 João 2:15.
Condição para a vitória
A Bíblia nos fornece
as condições para se obter vitória sobre as tentações. Apresentaremos as
principais nesta lição.
·
Primeira condição: Estar Alerta. Em muitos
casos, o crente cai em tentação porque não se encontra alerta à possibilidade
de ser tentado. Os crentes em geral pensam em duas maneiras: ou pensam que são
imunes às tentações, ou pensam que podem vencer qualquer tentação que lhes
sobrevenha. São atitudes arriscadas, que trazem muitas derrotas. Precisamos
alerta-los quanto às fontes de tentação e incentivá-los a colocar-se sempre em
guarda contra elas. Ver 1 Coríntios 16:13; 1 Pedro 5:8; Apocalipse 3:2.
·
Segunda condição: Ser cheio do Espírito
Santo. Com suas próprias forças, o cristão nunca pode derrotar as tentações. A
vitória só é possível pelo poder do Espírito Santo. Incentivemos o novo crente
a buscar a plenitude do Espírito. E o melhor meio de fazer isso é ensina-lo a
preencher as condições que apresentamos na aula de discipulado 4. Ler Atos 1:8;
Efésios 5:18; Filipenses 4:13.
·
Terceira condição: Agir Prontamente. A
tentação deve ser vencida no momento em que surge. Não devemos adiar a ação. A
Bíblia mostra, em Tiago 1:14-15, a progressão dos eventos que, iniciando com a
tentação, vão até o pecado: “...cada um é
tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça,
depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado,
gera a morte”. Se estivermos alertas para esta progressão, é possível
evitarmos que a tentação se torne pecado. É importante salientarmos as
conseqüências de um prolongamento do problema. Temos que resolve-lo o mais
rapidamente possível.
·
Quarta Condição: Conhecer os Livramentos
Bíblicos: O texto de 1 Coríntios 10:13 afirma que para cada tentação Deus
promete um livramento, pelo qual podemos obter a vitória sobre ela. E a Bíblia
contém inúmeros exemplos desses “livramentos”. Por esta razão, o fato de
estarmos sempre adquirindo mais e mais conhecimentos da Palavra de Deus
influirá diretamente na obtenção de vitórias. O verso do Salmos 119:11 mostra
isso: “Guardo no coração as tuas palavras para não pecar contra ti.”
Dois
importantes meios de livramento que a Bíblia nos oferece são os seguintes:
·
Para a tentação de natureza sexual –
fugir dela, correr como se fosse para salvar nossa vida, pois somos incapazes
de lutar contra ela 2 Timóteo 2:22.
·
Para as dúvidas satânicas – resistir ao
diabo, confiando na palavra de Deus Mateus 4:1-11; Tiago 4:7.
Neste
ponto devemos ajudar o novo crente a encontrar outros meios de livramento que a
Bíblia nos oferece, para vencermos as tentações.
·
Quinta Condição: Obedecer Pela Fé: Ao
enfrentarmos as tentações, é importante que utilizemos os meios de livramento
que a Bíblia nos oferece, quer queiramos quer não. Se formos buscar nos
sentimento o incentivo para enfrentarmos as tentações, já perdemos a batalha.
Recordemos a necessidade da obediência, e os modos como nos tornamos
obedientes, estudados na aula de discipulado 6. O novo crente só poderá
obedecer a Deus pela fé, se cultivar o hábito de viver pela fé. Ele deve
aprender a fazer o que Deus ordena, não importa quais sejam seus sentimentos
Colossenses 2:6.
·
Sexta Condição: Orar Pedindo a Vitória:
A oração tem um papel preponderante para se alcançar a vitória na luta contra
as tentações. A Bíblia ordena claramente que oremos tanto pela nossa própria
vitória como pela de outros. Talvez seja bom rever a aula de discipulado 5. As passagens seguintes
se aplicam a esta questão.
·
Oração pela nossa própria vitória:
Mateus 26:41; Marcos 14:38; Lucas 22:40.
·
Oração pela vitória de outros: o exemplo
de Paulo em suas epístolas.
TAREFAS
·
Pedir ao novo crente para continuar a
fazer as anotações em sua caderneta de estudo devocional.
·
Pedir-lhe que anote num caderno os
livramentos para a tentação que encontrar na Bíblia.
DIAGRAMA DA LIÇÃO
LIÇÃO 8 - DISCERNINDO A VONTADE DE DEUS
OBJETIVOS
·
Ensinar que Deus tem um plano maravilhoso para a vida
de cada um de nós.
·
Mostrar os benefícios que obtemos quando vivemos
perfeitamente de acordo com sua vontade para nós.
·
Mostrar as promessas de Deus, relacionadas com o
conhecimento de sua vontade para nossa vida.
·
Ensinar algumas atitudes práticas, pelas quais
podemos discernir a vontade de Deus para nós.
REVISÃO
·
Examinar a caderneta de anotações devocionais do novo
crente.
·
Examinar o caderno em que ele anota os vários tipos
de livramento bíblico para a tentação.
·
Recapitular a lição anterior fazendo-lhe as seguintes
perguntas:
·
O que é tentação?
·
A tentação é pecado?
·
Quais são as fontes de tentação?
·
Quais as condições para obtermos a vitória sobre as
tentações?
·
Responder às perguntas que ele possa ter.
LIÇÃO
Um
dos benefícios de nossa salvação em Cristo é a promessa de orientação que
ternos da parte de Deus. Já não somos vítimas do acaso, nem dependemos de
nossos limitados recursos no planejamento do futuro. Agora, podemos ter certeza
de que há possibilidade de termos uma vida abundante, com um propósito certo,
se permanecermos no centro da vontade de Deus. O objetivo desta lição é levar o
novo crente a dirigir sua vida de acordo com a vontade de Deus para ele.
O plano geral de Deus para nossa vida
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso
respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que
desejais.” (Jeremias 29:11.)
“E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja
a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2.)
Estes
versículos apresentam um belíssimo quadro da vontade de Deus para a vida de
cada crente. Seu plano para nossa vida nunca é para o mal, mas sim, para nosso
bem. Temos a esperança de um maravilhoso futuro, como filhos de Deus, tanto na
vida presente como na eternidade. A vontade de Deus para nossa vida, como está
revelada em Romanos 12:2, apresenta três elementos básicos. Primeiro, é um bom
plano. Isso repete o texto de Jeremias 29:11, e se acha em harmonia com ele. Em
segundo lugar, é um plano que é e sempre será agradável para nós em todos os
aspectos. Que maravilhosa promessa de realização na vida este texto nos dá!
Terceiro, é um plano perfeito. O plano de Deus para nossa vida é um plano
totalmente perfeito, para que se alcance o máximo de produtividade e realização
pessoal. Qualquer outro plano é inferior a este. Ele não diz respeito apenas à
nossa carreira, mas a todos os aspectos de nossa vida. E muito bom que o novo
crente comece a descobrir o plano de Deus para sua vida, logo no inicio do crescimento
espiritual.
Promessas relacionadas com o discernimento da vontade
de Deus
A
Bíblia contém várias promessas relativas ao discernimento da vontade de Deus, e
seria muito bom que o novo crente as entendesse. A seguir, apresentamos as
principais.
·
Deus promete dar-nos uma orientação e direção
definidas. Quando procuramos saber a vontade dele em determinada questão, não
precisaremos contentar-nos apenas com uma orientação vaga. Os versos seguintes
revelam esta verdade claramente: Salmos 24:9-10; Isaías 30:20-21.
·
Deus prometeu dar-nos sabedoria, para que possamos
discernir sua vontade. Ele não está tentando esconder seus desígnios de nós.
Pelo contrário, ele está querendo revelá-los a nós. Deus está mais desejoso de
que nós os conheçamos, do que nós de descobri-los. Embora existam condições que
precisam ser satisfeitas para que saibamos a vontade de Deus, podemos estar
certos de que ele a revelará a nós, se perseverarmos em buscá-la. Os versos
seguintes indicam exatamente isto: Colossenses 1:9; Tiago 1:5.
·
Deus promete operar em nosso interior para fazer com
que desejemos realizar sua vontade. Sempre que chegar o momento de realizarmos
a vontade de Deus, em determinada questão, ele estará operando em nós, a fim de
dar-nos o desejo de cumpri-la. Essa verdade é ensinada em Filipenses 2:13: “Porque é Deus quem efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”
·
Deus prometeu advertir-nos quando nos afastássemos de
sua vontade. Ele nos deu um recurso que atua como uma salvaguarda. É a paz de
Deus em nosso coração. Quando perdemos a paz, precisamos parar e procurar
descobrir se estamos errando no que diz respeito à vontade de Deus. O verso que
ensina isto é Colossenses 3:5 “Seja a paz
de Cristo o árbitro de vossos corações.” A palavra árbitro vem de um
vocábulo latino, que significa juiz de uma competição esportiva. Essa paz é o
fator decisivo para sabermos se estamos ou não fazendo a vontade de Deus.
Passos para se saber a vontade de
Deus
Existem
algumas coisas que o crente precisa fazer, para saber a vontade de Deus em
determinada situação. A seguir damos as principais.
·
Apresentar nosso corpo ao Senhor em sacrifício vivo.
(Romanos 12:1.) É importante que o novo crente se certifique se está cheio do
Espírito Santo, pois é isso que o torna receptivo à vontade de Deus. Se ele for
um crente carnal, isto impedirá que Deus lhe revele sua vontade. É bom recordar
com ele as condições para o crente ser cheio do Espírito. Elas foram
apresentadas na aula de discipulado 4, e são: desejar, rendição pessoal,
obediência, confissão (Atos 1:8; Efésios 5:18).
·
Estudar a Palavra de Deus. Grande parte do que Deus
deseja de nós no que diz respeito a atos e atitudes já nos foi revelada em sua
Palavra. E de importância vital obter um bom conhecimento das verdades básicas
da Palavra de Deus, pois ele nunca dá uma orientação que esteja em conflito com
ela. Os versos seguintes indicam o papel das Escrituras no discernimento da
vontade de Deus: Josué 1:8; Salmos 119:105.
·
Obedecer à orientação que já nos foi revelada. E importante
que o novo crente obedeça a todas as determinações dadas pelo Senhor, conforme
ele as entende. Isso é necessário por duas razões. Primeiro, nossa obediência é
uma prova de que desejamos compreender e obedecer a toda a vontade de Deus.
Devemos contentar-nos com as revelações que temos, quando ainda estamos no
começo delas. Ele somente nos revela aquilo a que podemos corresponder
adequadamente. Para sabermos mais da vontade de Deus, será preciso que lhe
obedeçamos. Seria bom, neste ponto, recordar rapidamente a aula de discipulado
6 e examinar também João 3.22.
·
Aconselhar-nos com crentes mais maduros. Quando
procuramos saber a vontade de Deus em certas questões, é bom consultar crentes
mais maduros, que nos conheçam. A palavra deles pode ser bastante proveitosa
por causa de seu conhecimento da Biblia e sua sensibilidade à voz do Espírito
Santo. Embora não devamos esperar que eles tomem decisões por nós, uma palavra
deles poderá ser-nos muito útil. Os seguintes versos ensinam esta verdade
implicitamente: Provérbios 11:14; Atos 13:2.
·
Devemos ser perseverantes na oração. E através dela
que obtemos o sentimento de intima comunhão com Deus, e nos tomamos mais alerta
à sua orientação. A oração é o meio pelo qual tiramos os fardos de nossos
ombros e os colocamos nas mãos do Senhor. Quando oramos, Deus nos revela muitas
coisas. Contudo, temos que ser pacientes, e esperar que ele nos mostre sua
vontade de acordo com o tempo por ele determinado. Será bom rever rapidamente a
aula de discipulado 5, a esta altura, e ler Mateus 7:7-8; Filipenses 4:6-7;
Tiago 1:5.
A
medida que o novo crente for aplicando à sua vida as verdades desta lição, irá
descobrindo sempre mais e mais a vontade de Deus para sua vida. Precisaremos
incentivá-lo a agir pela fé e fazer o que sentir que Deus lhe está ordenando.
Não devemos aconselhá-lo a ficar esperando até que tenha absoluta certeza e
paz, pois é no exercício da fé que tais coisas se formam no coração. Se, depois
de haver agido pela fé, ele não conseguir obter a paz, ou se uma porta se
fechar diante dele, então deve retroceder e buscar novamente a orientação
divina. Lembremos de que é muito mais fácil guiar um carro em movimento do que
um carro parado. O mesmo acontece à vida cristã.
TAREFA
Pedir
ao aluno para continuar fazendo suas anotações na caderneta de estudo
DIAGRAMA DA LIÇÃO
|
LIÇÃO 9 - O TESTEMUNHO PESSOAL
OBJETIVOS
·
Explicar o que é testemunho evangelístico.
·
Explicar por que o testemunho é necessário.
·
Mostrar como se prepara um testemunho.
·
Mostrar exemplos de testemunhos.
REVISÃO
·
Rever a caderneta de estudo devocional. Testemunhar,
um para o outro, do que Deus lhes está ensinando, pela sua palavra.
·
Recordar as aulas anteriores, propondo as seguintes
questões:
·
O que sabemos acerca dos desígnios gerais de Deus
para nossa vida’?
·
Cite algumas das promessas da Bíblia, relativas à
vontade de Deus.
·
Quais são os passos que precisamos dar para
discernirmos a vontade de Deus?
·
Responder a quaisquer perguntas que ele possa ter.
LIÇÃO
O
testemunho pessoal é uma narração verbal dos fatos relacionados com certo
acontecimento. A palavra testemunho muitas vezes é associada ao tribunal do
júri. Num julgamento, o testemunho não pode ser uma argumentação inteligente,
nem um acontecimento fictício, mas, sim, uma clara exposição de fatos. O mesmo
se diz de um testemunho no plano espiritual. Nosso testemunho pessoal consiste
simplesmente na narrativa dos fatos relativos à nossa conversão, aos eventos
subsequentes. Quando apresentamos esses fatos com clareza, o testemunho pode
tornar-se um forte instrumento de evangelismo.
Esta
lição deve ser o inicio da preparação do novo crente para testemunhar de sua
fé. Ele deve preparar elemento básico na pregação do evangelho. Embora tratemos
do assunto em apenas uma aula, será bom trabalharmos este instrumento na vida
do crente durante várias semanas.
Por que o testemunho é necessário
Muitos
crentes nunca param para pensar nos fatos específicos relacionados com sua
conversão. Quando confrontados com a questão do que significou para eles o fato
de receberem a Cristo em sua vida, os novos crentes talvez não saibam dar
explicações específicas. Isso prejudica a credibilidade do seu testemunho. E
quando uma pessoa se prepara para responder a essa pergunta, geralmente, ela tem
mais calma e confiança para relatar tudo.
Quando
o novo crente memoriza seu testemunho, um testemunho bem escrito e com bom teor
evangelistico, isso se torna um instrumento eficaz no evangelismo. Muitas
situações que nos ocorrem durante o dia acabam-se tornando oportunidades para
uma boa palavra evangelística. Existem muitas chances de darmos nosso
testemunho pessoal em conversa com outros. Outra vantagem de apresentarmos
nosso testemunho, quando falamos do evangelho, é que isso confere um sabor todo
pessoal à mensagem. Muitas vezes, num culto evangelistico, é bom que algumas
pessoas dêem seu testemunho. Isso ajuda a mostrar que a mensagem do evangelho
realmente transforma vidas. É um instrumento útil, que o novo crente deve
cultivar.
Como se preparara um testemunho
A
seguir damos alguns dados específicos que ajudarão na preparação de um
testemunho evangelistico. Quem ainda não escreveu o seu, deve fazê-lo, antes de
tentar ensinar um novo crente a escrever o dele.
·
Orar pedindo a Deus orientação e sabedoria para
escrevê-lo. O Senhor promete dar-nos sabedoria (recordar a aula de discipulado
8), por isso podemos pedi-la a ele.
·
Ele deve basear-se em três pontos, para que possamos
transmitir a ideia com lógica e clareza. Deve ser relativamente curto (de três
a cinco minutos).
·
Atitudes e ações que eu adotava antes de tornar-me
crente.
·
As circunstâncias nas quais se deu a minha conversão.
·
Mudanças que ocorreram em minhas atitudes e ações,
após ter recebido a Cristo.
·
Quem se tornou crente quando criança deve salientar o
ponto c.
·
Narrar fatos específicos. Será bom citar pelo menos
cinco coisas que acontecerem em cada um dos três pontos acima. Isso pode tomar
algum tempo, mas aumenta muito a qualidade do testemunho.
·
Apresentar detalhes interessantes que despertem a
atenção dos ouvintes.
·
Citar alguns versos das Escrituras, mas não muitos.
Nosso objetivo nesse momento é dar nosso testemunho e não pregar.
·
Corrigir e rescrever o testemunho até que ele tenha
um conteúdo lógico e comunique bem a mensagem.
·
Será bom explicar os termos evangelísticos que os não
crentes possam desconhecer.
·
Ler o testemunho de outras pessoas, ou ouvir outros
darem seu testemunho. Isto nos ajuda a descobrir o que podemos fazer para
melhorar o nosso.
·
Decorá-lo.
Resumo
Ajudemos
o novo crente a preparar seu testemunho. Devemos dar-lhe o nosso para
servir-lhe de modelo. Precisamos colocar a pessoa em situações nas quais ela
venha a utilizar esta poderosa arma para o evangelismo. Para que ele consiga
escrever bem seu testemunho, ele precisará de muito esforço, incentivo e de
nosso auxilio. Podemos estudar com ele os modelos de testemunho dados abaixo,
para que ele tenha algumas idéias de como se escreve um testemunho. Saibamos de
antemão que essa preparação do testemunho pode levar várias semanas.
Modelo de Testemunho 1
Adulto
Lembro-me
de que, quando eu era criança, minha família ia à escola dominical e aos cultos
todos os domingos. Mas meu relacionamento com Deus era muito impessoal, e,
provavelmente, o único momento em que eu pensava nele era no Domingo. Na
adolescência, eu era considerada uma daquelas “moças bem comportadinhas”-
algumas vezes, para tristeza minha — e, portanto, os anos de minha juventude
transcorreram sem contratempos.
Casei-me,
e passaram-se alguns anos antes que pudéssemos morar num local fixo. A essa
altura já tínhamos filhos. Quando isso aconteceu, eu e meu marido, cuja
experiência religiosa fora semelhante à minha, sentimos vontade de frequentar
uma igreja. Foi o que fizemos, e logo nos tornamos bastante ativos no trabalho.
Cerca
de seis anos atrás, ocorreram vários fatos que influenciaram grandemente a
minha vida. Talvez o mais importante deles tenha sido o fato de que meu marido
recebeu a Cristo, e começou a se preparar para o trabalho evangelistico. A
princípio, eu ficava muito constrangida com tudo, pois achava que as pessoas
iriam pensar que ele era um fanático religioso. Todavia, com o passar do tempo,
aquele seu entusiasmo de falar aos outros a respeito de Cristo, bem como seu
crescimento espiritual, impressionaram-me muitíssimo. Eu via a transformação
que ocorria em sua vida, e comecei a desejar que o mesmo acontecesse comigo.
Certo
dia, pela manhã, eu me encontrava sozinha em casa, e pedi a Cristo que entrasse
em meu coração, para ser meu Salvador e Senhor. Não aconteceu nada de muito
espetacular; nem tampouco tive uma grande emoção, mas sei que aquele passo foi
o mais importante que dei em minha vida.
Desde
aquele dia, Cristo tem estado operando pacientemente em meu coração, e eu o
bendigo e agradeço pelas mudanças que se operaram em mim. Ele me deu um grande
desejo de ler a Bíblia e de ter comunhão com ele, através da oração. Deu-me
coragem de bater à porta de urna pessoa desconhecida e falar de Cristo. Retirou
de mim todo o temor do futuro. “O Senhor está comigo: não temerei.” (SI 118.6.)
Ele já me mostrou que nada do que o mundo pode oferecer-nos é tão maravilhoso
como o modo em que Cristo responde às orações, ou o modo como opera em nossa
vida, conformando-a à sua perfeita vontade. Aquele Deus em quem eu pensava apenas
uma vez por semana tornou-se a pessoa mais importante de minha vida.
Modelo de Testemunho 2
Jovem
(Moça)
Quando
eu estudava no colégio, era muito tímida e me sentia muito infeliz com a vida
que levava, que eu considerava bastante monótona. Minha atitude era de rebeldia
porque eu achava que estava perdendo muitas das coisas boas da vida, de que os
outros jovens gozavam. Apesar de minha religião, eu não era melhor que ninguém.
Aliás, como a única vantagem que ela me proporcionou foi fazer de mim uma
garota boazinha, frequentadora de igreja, eu achava que ela estava-me impedindo
de me realizar socialmente. Eu fora criada na igreja e estava convencida de que
já era crente, pois era assídua aos trabalhos, e sabia algumas coisas a
respeito de Deus e de Jesus Cristo, e cria sinceramente nesses fatos.
Todavia,
comecei a duvidar seriamente se esse conhecimento bastaria para tornar-me
crente. Tais dúvidas surgiram quando conheci algumas pessoas que falavam do
relacionamento pessoal que tinham com Jesus Cri sto, e de como ele havia
transformado suas vidas. E não foi somente isto. Eu via que elas possuiam algo
que eu não possuía. Fiquei surpresa também ao ouvi-las dizer que sabiam com
certeza que tinham a vida eterna. Eu pensava que isso era algo sobre o qual a
gente só podia ter esperanças, mas não certeza. Mais ou menos nessa época,
alguns de meus familiares começaram a falar a mesma coisa, e eu me senti como
que ameaçada. Após várias conversas com eles e com outras pessoas em cultos
evangelísticos, vim a compreender que meu conhecimento e minha crença meramente
intelectual acerca de Cristo não bastavam, e que eu precisava conhecê-lo de uma
forma pessoal. Eu precisava fazer-lhe uma entrega definida de minha vida —
pedir-lhe que perdoasse meus pecados, que fosse meu Salvador, e precisava
deixar que ele tomasse o controle de minha existência. Então, com a idade de
quinze anos, tomei essa decisão, e ao fazê-lo obtive a certeza da vida eterna
com Deus, coisa que eu nunca pensara ser possível.
Assim,
tornei-me consciente de que era verdadeiramente filha de Deus, e comecei a
sentir uma grande fome interior — um desejo sincero de conhecer melhor a Deus —
e passei a buscar esse conhecimento. Quando confiei em Deus, naquele dia, ele
operou maravilhosamente em minha vida, e proporcionou-me uma boa comunhão com
os irmãos, e também o doutrinamento, dos quais eu precisava para crescer
espiritualmente.
Já
se passaram dois anos desde que fiz minha decisão por Cristo, e posso dizer,
com sinceridade, que estes foram os melhores anos de minha vida. À medida que o
tempo passa, Jesus Cristo se torna cada vez mais real para mim, e à medida que
o conheço melhor, eu o amo mais, e desejo servi-lo mais também. Ainda tenho
problemas e lutas, mas quando eles me sobrevêm, ponho minha confiança em Deus,
e ele me concede a vitória de uma forma que só ele pode nos dar. E como
entreguei minha vida ao Senhor, tenho-o visto mudar muita coisa em mim. Agora,
contemplo o futuro que me aguarda — alegre e esperançosa — à medida que ensinou
como é verdadeira esta promessa: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância.” (Jo 10.10 b.)
Modelo de Testemunho 3
Jovem
(Rapaz)
Desde
quando me lembro, eu sempre ia à igreja todos os domingos. Sempre ouvia
mensagens acerca de Deus, e logo compreendi que, para ser crente, tinha que
entregar minha vida a Cristo e confiar nele como meu Salvador. Na escola,
percebi que os outros garotos não eram crentes, e que eu teria que ser
diferente deles, se quisesse ser crente. Resolvi que preferia ficar com os amigos.
Procurei ser como eles e fazer as mesmas coisas que eles faziam.
Queria
que meus pais pensassem que eu era crente, e não deixei que ficassem sabendo da
maneira como eu agia no colégio, ou quando estava em companhia de meus amigos.
Na igreja, eu me fazia passar por crente. Mas o tempo todo eu sabia que não
estava enganando a Deus. E foi assim que começou minha dolorosa luta interior.
Por um lado eu sabia que devia dar minha vida a Cristo, e que iria para o
inferno se não o fizesse. Por outro lado, eu dizia: “Não! Não posso! Se fizer
isso, perderei meus amigos e ficarei sozinho e infeliz.”
Aquele
conflito interior e minha luta com Deus realmente me atormentavam. Por fim, uma
noite, todas estas coisas como que atingiram o ponto máximo. Eu não aguentava
mais aquela inquietação e medo, por isso entreguei minha vida a Jesus. Pedi-lhe
que me perdoasse por haver resistido a ele, e que entrasse em minha vida para
ser meu Salvador. Eu queria viver para ele. E que transformação essa simples
oração operou em mim!
Mas,
à medida que vou vivendo diariamente, creio que o fato mais importante para mim
é o seguinte: mesmo que eu perdesse todos os meus amigos, quando recebi a
Cristo, posso dizer com toda sinceridade que ainda assim valeria a pena. Tudo
porque ele se tornou tão real para mim, e está tão perto de mim, que posso
verdadeiramente afirmar: “Para mim o viver é Cristo.”
Agora,
eu não precisava mais conformar-me com o mundo para ser aceito pelo grupo
social; e não perdi meus amigos, como pensara que aconteceria. Agora, eu podia
preocupar-me com eles, ao invés de pensar apenas em mim mesmo. Já. não
precisava fingir para minha família, minha igreja e para Deus. Não existe mais
aquela luta em meu interior, pois agora vivo somente para Jesus, e minha vida
revestiu-se de um novo significado. Não tenho mais medo de ir para o inferno,
pois, sendo filho de Deus, estarei com ele, quando morrer.
TAREFAS
·
Continuar a fazer anotações na caderneta de estudo
devocional.
·
Começar a preparar o testemunho pessoal.
DIAGRAMA DA LIÇÃO
Atitudes e ações que eu adotava
antes de tornar-me crente.
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1
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2
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3
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As circunstâncias nas quais se
deu minha conversão.
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1
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2
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3
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4
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5
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Mudanças ocorridas em minha vida
depois de haver recebido a Cristo como Salvador - ações e atitudes.
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1
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2
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3
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4
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5
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6
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LIÇÃO 10 - A VIDA VITORIOSA
OBJETIVOS
·
Recordar as lições anteriores.
·
Fazer uma apresentação sistematizada dos elementos da
vida vitoriosa.
REVISÃO
·
Rever com o novo crente o caderno de anotações do
estudo devocional. Falar um com o outro sobre as coisas que Deus lhes tem
ensinado, pela sua Palavra.
·
Ver o que ele já conseguiu fazer na preparação de seu
testemunho pessoal. Dar-lhe sugestões valiosas para a continuação do mesmo.
·
Responder a quaisquer perguntas que ele possa ter.
LIÇÃO
Nesta
lição, a última das aulas programadas que apresentamos, não iremos abordar nada
novo. Nosso objetivo aqui é fazer um estudo resumido das verdades estudadas nas
aulas anteriores e reforçá-las. É importante que o novo crente compreenda que todas
as verdades que está aprendendo se relacionam umas com as outras. Aliás, esta
aula apresenta uma série de elementos que devemos possuir, para nos
qualificarmos como crentes. E bom adotar a mesma atitude de Paulo para com a
repetição do ensino:
“Quanto ao mais , irmãos meus, alegrai-vos no
Senhor. A mim não me desgosta e é segurança para vós outros, que eu escreva as
mesmas cousas.” (Filipenses 3:1.)
Elementos Para Verificação de Nossa Vitória
·
Certificar-se de que estamos em Cristo.
Todo crente novo deve procurar ter certeza de sua posição em Cristo. Se
tiver alguma dúvida acerca de sua salvação, será impossível crescer
espiritualmente. A bendita certeza da vida eterna e do perdão dos pecados é
elemento básico a uma vida cristã abundante. Se necessário, será bom repassar
os pontos acerca dessa certeza, relacionados na aula de discipulado 1.
Salientar o seguinte versículo:
“Examinai-vos a vós mesmos se
realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus
Cristo está em vós? Se não é que já. estais reprovados.” (2 Coríntios
13:5.)
·
Ter constância na oração e no momento devocional.
Como já explicamos, a oração e o momento devocional são fatores
importantes para uma verdadeira comunhão com Deus. É essencial que ele cultive
o hábito de observar tais coisas diariamente. Elas se desenvolverão
grandemente, se ele tiver o caderno de anotações e utilizá-lo devidamente, bem
como a lista de pedidos de oração. Se for necessário, podemos recordar as aulas
de discipulado 2 e 5. Salientar para o novo crente os seguintes versículos:
“Desejai ardentemente, como
crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja
dado crescimento para salvação.” (l Pedro 2:2)
“Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, seja conhecidas
diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de
graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos
corações e as vossas mentes em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:6-7.)
·
Ter constância na comunhão com outros crentes.
O novo crente deve entender a grande importância da comunhão com outros
crentes e do seu envolvimento numa igreja. Geralmente, um crente isolado dos
outros esfria-se espiritualmente e é mais facilmente derrotado. O crescimento
espiritual recebe um forte impulso na comunhão com os outros. Talvez seja útil
rever o papel da igreja, apresentado na aula de discipulado 2 e 5. Salientar o
seguinte versículo:
“Consideremo-nos também uns aos
outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não abandonemos a nossa
própria congregação, como é costume de alguns; antes façamos admoestações, e
tanto mais quanto vedes que o dia se
aproxima.” (Hebreus 10:24-25.)
·
Certificar-se de que está cheio do Espírito Santo
É muito importante que o novo crente se certifique se está cheio do
Espírito Santo de Deus, pois ele é a fonte de todo poder para nossa vida e das
transformações que nela se passam. O texto de Efésios 5:18 ensina claramente
que a plenitude do Espírito Santo é um processo contínuo, O verbo enchei-vos
significa realmente “estais sendo cheios”. Portanto, fala de uma ação continua.
Repassar as condições para se ser cheio, e salientar para o novo crente o fato
de que somos cheios do Espírito, quando satisfazemos as condições para isso, e
não apenas quando pedimos. Essas três condições são:
·
Desejar — é preciso que realmente queiramos que Deus
passe a controlar nossa vida.
·
Entregar-se — temos que provar nosso desejo de ser
cheios, entregando a ele o controle de nossa vida.
·
Purificação preciso confessar qualquer pecado que
ainda não tenha sido confessado, como pré-requisito para sermos cheios do
Espírito, pois Deus não enche um vaso impuro.
Caso seja necessário, podemos recordar a aula de discipulado 4. Salientar
o seguinte versículo:
“E não vos embriagueis com vinho,
no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.” ( Efésios 5:18)
·
Aprender a vencer as tentações e o pecado.
É preciso que o novo crente entenda que as tentações não são pecado, mas,
apenas um impulso inicial para se cometer um pecado. Ele deve saber que Deus
prometeu dar-nos a vitória sobre o pecado, se buscarmos nele o poder e a
libertação. O novo convertido deve entender também que sofrerá tentações, e que
precisa estar preparado para elas. As tentações nos vêm de três fontes: o mundo,
a carne e o diabo. Deus nos tem revelado em sua Palavra como devemos encarar e
superar as tentações, e o novo crente precisa aprender mais a esse respeito. Se
ele sucumbir à tentação e pecar, precisa saber como fazer a confissão, para
livrar-se do pecado imediatamente. Recordar as aulas de discipulado 4 e 6, se
quiser mais informações em torno desse assunto. Salientar os seguintes versos:
“Não vos sobreveio tentação que não
fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas
forças; pelo contrário, com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a
possais suportar.” (1 Coríntios 10:13)
“Se confessar os nossos pecados,
ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça.” (1 João 1:9)
·
Cultivar o hábito da obediência.
Como já salientamos na aula de discipulado 6, é extremamente vital que o
novo convertido cultive o hábito de obedecer a tudo que Deus lhe ordena e lhe
determina. Com autodisciplina e persistência, ele conseguirá criar o hábito de
obedecer sempre à vontade de Deus. É bom observar que só conseguimos fazer
dessa obediência um modo de vida, quando seguimos os mandamentos de Deus, a
despeito daquilo que possamos sentir. Salientar o seguinte verso:
“E aquilo que pedimos, dele recebemos,
porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante dele o que lhe é
agradável.” (1 João 3:22)
·
Permanecer no centro do plano divino.
Somente quando está conscientemente vivendo no centro da vontade de Deus
é que o crente tem a vida plena e abundante que Deus promete aos salvos. O
plano de Deus para nós é bom e perfeito em todos os aspectos. Será bom recordar
as condições para se conhecer a vontade de Deus, que apresentamos na aula de
discipulado 8 Precisamos certificar-nos se o novo crente está realmente
resolvido a saber qual é a vontade de Deus para ele, em todos os aspectos de
sua vida. Salientar o papel da paz de Deus na determinação de qual é o desígnio
dele para nós, e apresentar o seguinte verso:
“Seja a paz de Cristo o árbitro em
vossos corações.” (Colossenses 3:15)
·
Tornar-se uma testemunha eficaz do evangelho.
Qualquer um que deseje realmente crescer em Cristo precisa empenhar-se no
testemunho do evangelho. Um bom modo de evangelizar é dar nosso testemunho
pessoal. Precisamos verificar se o novo crente está preparando este instrumento
de trabalho. O discipulador deve, pessoalmente, instrui-lo neste aspecto do
trabalho. Salientar o seguinte versículo:
“Mas recebereis poder, ao descer
sobre vós o Espírito Santo; e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém,
como em toda Judéia e Samaria, e até os confins da terra,” (Atos 1:8)
·
Aumentar o conhecimento da Palavra de Deus.
O crescimento espiritual está intimamente relacionado com nosso
conhecimento da Palavra de Deus. Embora esse conhecimento, por si só, não
produza o crescimento, por outro lado, os outros fatores citados, sem o
conhecimento, não produzem a verdadeira maturidade espiritual. É preciso que
haja um bom equilíbrio na vida do crente. Precisamos verificar se ele está
recebendo instrução bíblica e se está formando uma ampla base de conhecimentos
com a leitura de bons livros. Ele deve começar a estudar o Salmo 119, para que
obtenha uma melhor perspectiva da importância da Palavra de Deus. Salientar o
seguinte verso:
“Toda Escritura é inspirada por
Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação
na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16.)
·
Viver pela fé.
Talvez a coisa mais importante que podemos fazer pelo novo crente seja
conseguir que ele deixe de orientar-se pelos sentimentos e passe a dirigir-se
por fatos. Ele deve aprender a depositar fé naquilo que Deus diz, em vez de
naquilo que ele sente. É a única maneira de ele perseverar sempre na
obediência, de ser constante no momento devocional e na oração, e em todos os
outros elementos que constituem a vida cristã vitoriosa. Ele deve aprender a
confiar na Palavra de Deus, sabendo que ela contém as soluções para os seus
problemas, e obedecer sempre às orientações dela, quer tenha vontade ou não.
Este é o único meio de sua fé resistir em momentos de grande provações, quando
as emoções são negativas. Essa lição tem que ser enfatizada continuamente,
durante todo o trabalho de discipulado do novo crente. Saliente o seguinte
versículo:
“Ora, como recebestes a Cristo
Jesus, o Senhor, (pela fé) assim andai nele.” (Colossenses 2:6)
TAREFAS
·
Pedir ao novo crente que continue a fazer as
anotações na caderneta de estudos devocionais.
·
Continuar a trabalhar em seu testemunho pessoal.
·
Dirigi-lo a um curso de treinamento para o trabalho
de evangelismo. Caso não haja um, o próprio conselheiro deve dar-lhe essa
instrução.
DIAGRAMA DA LIÇÃO
Ter certeza da salvação
2 Coríntios 23:5
|
Ser obediente
1 João 3:22
|
|
Ter constância no tempo
devocional e na oração
1 Pedro 2:22 Filipenses 4:6-7
|
Permanecer dentro da vontade de
Deus
Colossenses 3:15 Romanos 12:2
|
|
Ter constância na comunhão com
outros crentes
Hebreus 10:24-25
|
tornar-se uma boa testemunha do
evangelho
Atos 1:8
|
|
Ter certeza de que e cheio do
Espirito Santo
Efésios 5:18
|
Aprender mais acerca da Palavra
de Deus.
Salmos 119:2 Timóteo 3:16-17
|
|
Aprender a enfrentar as tentações
e o pecado
1 João 1:9 1 Coríntios 10:13
|
Viver pela fé em fatos, e não
pelos sentimentos
Colossenses 2:6
|
LIÇÃO 11 - BATISMO E CEIA
Batismo e Ceia são ordenanças, ou
seja, são mandamentos específicos dados por Jesus aos seus discípulos, que
contém um significado simbólico, a serem celebrados pela Igreja até a volta de
Cristo. É bom enfatizar que as ordenanças não são sacramentos, ou seja, não
existe nenhum “poder especial” em sermos batizados ou participarmos da ceia.
Somos abençoados, sim, por estarmos obedecendo ao mandado de Jesus, e é só. As
ordenanças são símbolos, isto é, elas trazem à memória a lembrança do real
significado daquilo que representam. A Bandeira Brasileira é o “querido símbolo
da terra”. A bandeira não é o Brasil, mas ela representa o Brasil. O brasileiro
respeita a bandeira não por seu pano ter uma qualidade especial, mas porque ela
representa o seu país. O Senhor Jesus instituiu duas ordenanças, a saber,
batismo e ceia.
BATISMO
O batismo é o ato pelo qual anunciamos publicamente que mediante a fé,
nos unimos a Cristo, sepultando em sua morte nossa velha vida, e começamos,
pelo poder de sua ressurreição, uma nova vida.
Mateus 28:19. Qual a ordem dada por Jesus aos seus
discípulos antes de subir aos céus?
Marcos 16:15-16. De acordo com este verso, quem será
salvo?
Atos 8:12. O que acontecia com as pessoas que davam
crédito a Felipe, acerca do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo?
Atos 2:38. Após o arrependimento, o que cada pessoa
deveria fazer?
No Novo Testamento, todos os que se
convertiam eram batizados na água, em obediência à ordenança dada por Jesus.
Isto é provado pelos seguintes fatos:
· Cristo pediu para ser
batizado (Mateus 3:13-16)
· Ele mesmo aprovou essa prática por
parte dos discípulos (João 4:1-2)
· Os apóstolos ensinavam e praticavam
o batismo (Atos 10:47-48)
A palavra batismo no grego é BAPTISMO. Ela não foi
traduzida, mas transliterada (tal qual a palavra “Presbítero”). Aparece na
forma de verbo e de outras categorias gramaticais. No infinitivo é “Baptizem” e
significa IMERGIR, MERGULHAR. Em
referência ao batismo, o grego nunca usa “RAMPTIZO” (aspergir), mas “BAPTISMO”.
Portanto, a idéia sugerida é uma só:
Batismo é imersão, mergulho.
O texto de
Mateus 3:16a diz: Batizado ____________, saiu logo da água...
João Batista realizava batismos no
rio Jordão. Jesus chegou um dia para ser batizado por ele. O verso acima fala
que Jesus “saiu logo da água”. Se saiu, é porque entrou. E entrou para quê?
Apenas para receber gotas d’água em sua cabeça? Não! A palavra diz que ele foi
batizado, portanto imerso.
Atos 8:36-39 registra a conversão e
o batismo do eunuco etíope. “Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar
onde havia água, disse o eunuco: eis aqui água, que impede que seja eu seja
batizado. Então mandou parar o carro, e ambos foram à água, e Felipe batizou o eunuco”
(vs 36,38).
Esse homem rico e importante
cruzava o árido deserto. Obviamente carregava água em seu carro, mas ao
encontrar um lugar com muita água, parou, desceu com Felipe e foi por este
batizado, ou seja, imerso.
E por último, o texto de João 3:23
diz: “Ora, João batizava em Enom, perto de Salim, porque havia ali havia
muitas, e vinham ali e eram batizados. É interessante notar a razão pela qual
João batizava em Enom: PORQUE HAVIA ALI MUITAS ÁGUAS!
Para ser batizado, são necessárias
duas condições absolutamente indispensáveis. Leia os textos abaixo e responda
quais são essas condições.
Marcos 16:16 - Atos 2:38
Fé e Arrependimento. Estas são as
duas atitudes essenciais, que revelam uma mudança de vida genuína, e, portanto
tornam o candidato apto a ser batizado. Em meditação silenciosa, responda para
Deus e para si mesmo as seguintes perguntas sobre:
Fé
• Você
crê que Jesus Cristo é o filho de Deus?
• Você
crê que Ele morreu pelos seus pecados?
• Você crê que Deus O
ressuscitou dentre os mortos?
• Você confessa e reconhece a
Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida?
Arrependimento
• Sua forma de ser, agir, pensar
e falar foi transformada?
• Você está disposto a seguir
Jesus, sujeitando-se e obedecendo a Ele em tudo, sendo um verdadeiro discípulo
até o fim?
• Você renuncia ao domínio de
Satanás e dos pecados, e aceita o reino de Deus em sua vida?
• Você reconhece a Cristo como
dono de sua vida e de seus bens, colocando o Senhor Deus acima de seu pai, sua
mãe, esposa, filhos, irmãos, e até mesmo acima de sua própria vida?
Se a resposta que ecoa no seu coração a todas as
perguntas anteriores é SIM, você está pronto para ser batizado. Entretanto, é
bom lembrar que o batismo nas águas em si não tem poder para salvar. As
pessoas são batizadas, não para serem salvas, mas porque já foram salvas. Quem
salva é Jesus. Nós nos batizamos em obediência à ordem dada por Ele, e como
público testemunho da nossa fé.
Lucas 23:39-43. O ladrão da cruz que se arrependeu
foi salvo? Ele teve tempo para ser batizado?
Finalizando,
não batizamos crianças, pois a palavra diz: “Quem crer e for batizado será
salvo” (Marcos 16:16a). Uma criança que ainda não chegou à idade da razão não
tem condições de crer. Algumas igrejas batizam apenas “Em nome de Jesus”.
Apesar de, no livro de Atos, encontrarmos algumas citações acerca de
batizar “Em nome de Jesus”, tais como a de At. 2:38, a tradução literal deste
versículo é: “Seja batizado SOBRE o nome de Jesus”. Ou seja, EM CIMA da palavra
de Jesus, e a forma que o Senhor Jesus ensinou é: “batizando-os em nome do Pai,
e do Filho, e do Espírito Santo...” (Mateus 28:19b).
Em suma, quando o crente é imerso debaixo da água,
identifica-se com a morte e o sepultamento de Jesus. Nossa velha vida é
enterrada com Cristo. Ao ser levantado da água, o crente se identifica com a
sua ressurreição, ou seja, ressurgimos para uma nova vida, melhor e mais
abundante, num testemunho público do poder transformador do Evangelho.
CEIA
A ceia do Senhor foi instituída
pelo próprio Jesus, na noite em que foi traído, durante a celebração da Páscoa
dos judeus. Ela é um memorial do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz.
Quando ele levou sobre si os nossos pecados. (Mateus 26:26-28).
Leia
1 Coríntios 11:23-28 e responda as perguntas abaixo:
· O que o pão simboliza? (vs. 24)
· O que o cálice de vinho simboliza?
(vs. 25)
·
O que anunciamos ao celebrar, como
Igreja, a ceia do Senhor? (vs. 26) o que devemos fazer antes de tomar a ceia do
Senhor? (vs. 28)
Vale
enfatizar que a ceia é um MEMORIAL. O pão é pão mesmo, e o vinho é vinho mesmo
eles não se transformam, em momento algum, no corpo e sangue de Jesus. Pão e
vinho apenas representam, de modo simbólico, a morte de Cristo em nosso favor.
“Fazei isto em memória de mim”.
Finalizando, o batismo é a celebração de ingresso na
Igreja local e simboliza o começo da vida espiritual. A ceia do Senhor é a
celebração da comunhão e significa a continuação da vida espiritual. O batismo
sugere a fé em Cristo a ceia sugere a comunhão com Cristo. O batismo é
realizado somente uma vez, porque pode haver apenas um começo da vida
espiritual; a ceia é realizada freqüentemente; ensinando que a vida espiritual
deve ser sempre alimentada.
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