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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O Divórcio a luz da Bíblia.

Significado: 
do latim: divortium, ou seja separação.

Conceitos: 
Rompimento legal dos laços maritais que unem um homem e uma mulher; Dissolução do casamento; Extinção do casamento; Anulação ou cessação do contrato.

No AT, o divórcio era facilmente obtido pelo homem. Se o marido, por exemplo, chegasse a não achar mais graça na esposa, podia dar-lhe de imediato a carta de repúdio (Dt. 24.1-4). Todavia com o advento do Cristianismo, os laços matrimoniais tornaram mais apertados. A lei de Moisés (Dt.22.19) concedia o direito de divórcio no caso de  fornicação mas não de adultério, pois os adúlteros morriam apedrejados (Lv. 20.10).

De acordo com o que ensinou o Senhor Jesus, o homem somente pode divorciar-se de sus esposa em caso de infidelidade conjugal (Mt. 19.1-12). E mesmo neste caso, havendo lugar para o  arrependimento, o amor deve prevalecer.

O matrimônio não é uma conveniência social inventada pela humanidade para preencher uma necessidade ou condição temporárias, e, portanto, para ser revisado ou abandonado conforme os caprichos de qualquer homem, ou grupo de homens.

O matrimônio foi instituído por Deus Altíssimo e a sua relação para com a raça humana é tal que não se pode modificar, nem a parte considerada mais insignificante, sem graves consequências.

"Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher tornando-se os dois uma só carne? De modo que não são mais dois, porem uma só carne. Portanto, o que Deus uniu não separe o homem" (Mt. 19.3-6).

Aproveitando a oportunidade, queremos enfatizar "os fez homem e mulher", não homem e homem ou mulher e mulher. O Deus todo poderoso criou masculino e feminino. Depois, ordenou-os que se unissem tornando os dois uma só carne. Sendo assim, somente o homem com uma mulher podem realizar tal feito. Entrar um no outro, realizando uma ligação tão profunda através desta conexão que chega a ligar o espirito do homem com o da sua mulher.

Não se julgue a legislação humana poder dissolver uma união feita por Deus. Cristo disse mais: "Moisés pela dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar a vossas mulheres, mas ao princípio não foi assim. Eu vos declaro que todo aquele que repudiar sua mulher, se não é por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério" (Mt. 19.8-9).

Note-se: a fornicação é o pecado de pessoas não casadas, com pessoas casadas ou não. O adultério é o pecado de pessoas casadas com outras que não são seus próprios cônjuges. Para compreender melhor, devemos notar como as escrituras distinguem entre a fornicação e o adultério. "Porque do coração é que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios. (Mt. 15.9; Gl. 5.10; ICo. 9-10).

As leis civis sobre o divórcio, nunca podem substituir ou invalidar os deveres dos Cristãos diante do Deus todo poderoso. Mesmo no caso de um dos cônjuges descobrir que o outro foi infiel seris melhor do que repudiá-lo (Mt. 6.14-1). O amor conjugal, entre os crentes sinceros, é um mandamento divino (Ef. 5.22-33; IPe 3.1-9).

A questão do divórcio, quando um dos cônjuges não é Cristão, é ventilada em ICo 7.10-17. Se aquele que não é crente exigir a separação, o crente pode ceder. Mas a atitude do Cristão deve ser sempre a de ganhar seu companheiro para Cristo; nunca pode tomar a iniciativa na separação. No caso de se separarem, porém, a Palavra de Deus é clara, que o crente não tem direito de casar-se novamente: Que não se case (ICo 7.11).

Deus planejou o casamento para ser duradouro. Ele deseja profundamente que as pessoas casadas permaneçam juntas até que a morte as separe, desfrutando de um relacionamento saudável e estável. Mas Deus conhece a natureza humana, que insiste em pecar, e, por isso, ele tolera o divórcio, porém não abençoa.

O homem com sua esposa que amam ao Senhor e são casados não devem nem ao menos considerar uma separação, quanto mais um divórcio. Ao afirmarem que seus desentendimentos são irreconciliáveis, estão dizendo que Deus não é capaz de promover reconciliação e restauração. Não é assim! Ele é o Senhor dos impossíveis, e nada é difícil demais para Deus (Jr. 32.27).

Por outro lado, nosso orgulho, vaidade, egoísmo, ressentimento, etc, nos impedem de procurar resolver o conflito, principalmente quando ele envolve traição e abandono. Os casais que se divorciam entristecem a Deus, decepcionam e prejudicam profundamente seus filhos, ferem seus familiares, deixando um rastro de mágoas atrás de si e em seu próprio coração. Porém Deus é misericordioso e perdoa os pecados daqueles que se arrependem.

Além disso, diante da corrupção do coração humano, o Senhor oferece uma nova chance ao cônjuge que foi abandonado ou traído, se a outra parte rejeitar uma reconciliação. Esse novo casamento, entretanto, só poderá ocorrer depois de muita oração e reflexão pessoal, de uma avaliação séria da vontade de Deus e das consequências na vida dos filhos.

Todo casamento envolve alegrias, companheirismo e ótimos e momentos, mas é impossível escolher apenas o que é agradável e ignorar que também existe sofrimento e renuncia. A tenacidade em comprometer-se com o compromisso assumido, aliada à vontade imutável do Senhor para que o casamento perdure até a morte.