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terça-feira, 19 de maio de 2015

Introdução ao estudo da heresiologia.

A SIGNIFICAÇÃO DA PALAVRA HERESIOLOGIA:

A palavra “heresiologia,” deriva-se do vocábulo grego “hairesia”, que significa opinião escolhida, seleção, preferência, e “logia” – tratado ou estudo.
Assim a palavra exprime: Estudo sobre opinião escolhida, em oposição a uma disciplina aceita, acatada. É pois,uma doutrina falsa.
A bíblia fala de heresia, 2 Pe 2.1; Jd 4, e afirma que é um fruto da carne, Gl 5.20. fala também de seitas, At 5.17; 15.5; 26.5. O termo “seita” indica uma facção dentro duma religião organizada e, nesse sentido, é sinônimo de heresia.
Uma seita herética, do ponto de vista cristão, é constituída de indivíduos ou de grupos que se afastam dos ensinos da palavra de Deus pra adotarem ou divulgarem suas próprias idéias ou idéias de outrem. Podemos aqui usar a expressão da bíblia: Os quais se desviarem da verdade... e perverteram a fé de alguns.2 Tm 2.18.

O OBJETIVO DO ESTUDO DA HERESIAS:

A finalidade do estudo sobre as heresias é, em primeiro lugar, convencer os crentes de que é necessário estudar cuidadosamente a palavra de Deus, para que aprendam a discernir a verdade da mentira 1 Jo 4:1-3; 1 Ts 5.21. Conhecendo as escrituras, o crente tanto se previne das doutrinas falsas, como se torna capaz de “batalhar pela fé que uma vez foi entregue aos santos”, Jd 3.
Os seguidores das doutrinas dos Mormos, Sabatistas, Testemunhas de Jeová, Espíritas, etc., trabalham de uma maneira intensa para conquistarem adeptos no meio dos crentes, pra isso trazem na ponta da língua suas provas e argumentos, bem como nos textos marcados na sua bíblia. Geralmente os outros não aceitam esses ensinamentos.
Mas o simples fato de um crente ser contrário a tais doutrinas falsas, não resolve o problema em si. Um homem não é curado da sua doença simplesmente porque ele a aborrece, mas quando aplica o medicamento exato que combate e extingue o mal. Assim, devemos também aplicar contra as falsas, doutrinas o único remédio, A PALAVRA DE DEUS. Mas para isto temos de aprender “ a manejar a palavra da verdade”,  2 Tm 2.15.
Observando a expansão dessas doutrinas perigosas, sentimos remorso e humilhação por compreender que a difusão delas, em parte, tem sido facilitada pela nossa omissão em ensinar as doutrinas bíblicas.

FATORES QUE FAVORECEM O SURGIMENTO E A EVOLUÇÃO DAS HERESIAS.

 Satanás, o autor principal da toda a religião ou doutrina falsa e da pervesão das doutrinas verdadeiras, é o fator principal da expansão das doutrinas heréticas. Ele opera por meio do espírito do Anticristo, 1 Jo 2.18-25; 4.1-4. Observamos na Bíblia como, através dos tempos, os verdadeiros mensageiros do Senhor têm lutado contra os falsos profetas e mestres, 2 Pe 2.1; Dt 13.1-3; Rs 18.19-22; Ez 13.3-8. A palavra profética nos avisa axpressamente de que tais doutrinas aumentarão duma maneira terrível nos últimos tempos, 1 Tm 4.1-3; Mt 24.5,11,24; 1 Jo 2.18.
 O inimigo procura, com o seu ataque contra a igreja, perverter e envenenar a doutrina.
Para isso ele usa homens maus, cínicos e de consciência cauterizada, 1 Tm 4.1,2. O alvo do inimigo não é em primeiro lugar a destruição física do homem, mas a conquista da sua mente por meio de falsos ensinos. Em nossos dias se vê no mundo inteiro que a batalha decisiva para a conquista dos homens é travada no campo que o Diabo e os seus anjos estão em ação contínua, cooperando para o surgimento das heresias.
Quando a Igreja prega a palavra, mas se esquece da ordem de Jesus de também ENSINAR A PALAVRA, Mt 28.19, ela deixa uma brecha aberta para o aparecimento de doutrinas falsas, porque os crentes contra elas não foram prevenidos. Quando uma dessa doutrinas consegue invadir a mente de um crente, é difícil dissuadi-lo do seu erro.
 A falsa interpretação de textos bíblicos também leva pessoas bem intencionadas ao erro.
 A falta de crescimento espiritual é outro motivo de muitos crentes terem sido “levados em redor pelos ventos de doutrina, pelo engano de homens que com astúcia enganam fraudulosamente”, Ef 4.14. Um crente maduro só segue o BOM PASTOR, e de maneira nenhuma seguirá o estranho, antes fugirá dele Jô 10.4,5.

‘’’AS PRINCIPAIS RELIGIÕES E DOUTRINAS FALSAS.

As seitas modernas classificam-se em pseudocristãns, orientais, ocultista e secretas:

Pseudocristãns: Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia, Catolicismo Romano, Mormismo, Meninos de Deus (A Família), Só Jesus, Igreja de Cristo Internacional, Tabernáculo da Fé, Igreja da Unificação, Igreja Local de Witness Lee, Voz da Verdade, Testemunha de Ieroochua e Igreja Pentecostal Unida do Brasil, Congregação Cristã no Brasil, etc .

Orientais: Arte Mahikari, Hare Krishna, Seicho-no-iê, Igreja Messiânica Mundial

Ocultistas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Santo Daime, Racionalismo Cristão, Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Cultura Racional, Ciência Cristã e Nova Era.

Secretas: Maçonaria, Ordem RosaCruz e Teosofismo. A Marçonaria não é apenas uma associação confraternária, ela é também, uma religião.

Como Identificar uma Seita:

As Seitas e os Credos: As seitas falsas além de mutilarem a Bíblia, rejeitam o Cristianismo histórico-ortodoxo. Suas crenças são oriundas das supostas revelações de fundadores e líderes.

Fundação dos Credos: "CREDO" vem do latim e significa "Creio". Desde muito cedo na história do Cristianismo, o Credo se tornou maos que um conjunto de Crenças: é uma confissão de fé. Tem como o objetivo sintetizar as doutrinas essenciais do Cristianismo para facilitar as confissões públicas e conservar a doutrina contra as heresias.

Confissão de Fé dos Judeus: Os primeiros Credos da Bíblia está em Dt 6:4 "Ouve ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.", citado por Jesus no primeiro mandamento Mc. 12:29); ainda hoje é citado pelos judeus religiosos três vezes ao dia.

O Credo dos Apóstolos: É o mais antigo dos três principais credos da Igreja Cristã.

a) História: Diz a tradição que ele foi formulado pelos apóstolos logo após a ressurreição de Jesus, e que cada um deles apresentou um artigo de fé. O Texto mais antigo desse Credo é datado de 700 d.C. Muitos crêem que esse documento construía a confissão batismal daquela época.

b) Conteúdo: "Creio em Deus Pai Todo-Poderoso. E em Jesus Cristo seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu do Espírito Santo e da virgem Maria; que foi cruscificado sob o poder pôncio Pilatos, morto e sepultado; ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e está sentado à mão direita do Pai, de onde há de vir julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja, na remissão de pecados, na ressurreição do corpo". A igreja Católica por sua conta acrescentou "Ave Maria" ao credo original.

CONCLUSÃO:
A Bíblia é um única fonte para se discernir entre a ortodoxia bíblica e a heresia. Ela é a Palavra de Deus inspirada; o único padrão que distingue o certo do errado. O Movimento religioso que rejeita, e tem adversão pelos credos formulados pela Igreja Cristã nos primeiros séculos, é seita; e, como tal, é inimigo do Cristianismo bíblico e histórico.

"Uma das principais obras de satanás é subtrair, ou acrescentar, coisas à Palavra de Deus."



ÚLTIMAS COISAS - O Arrebatamento, a Segunda Vinda e o Milênio.

A escatologia é o aspecto da doutrina bíblica que lida com as “ultimas coisas” (do grego eschatos, “final”). Em 1 Jo 2.18, João descreve os momento em que escreveu como sendo a “última hora”, evidenciando que ele, como em todas as gerações, vivia em expectativa imediata da segunda vinda de Cristo e via o seu tempo como um no qual a presente evidência parecia afirmar que a sua geração era mesmo a última. Não é uma atitude doentia: Cristo Jesus deseja que as pessoas aguardem ansiosamente a sua volta ( Mt 25.1-3; 2Tm 4.8).
João não aponta apenas para o avançado da hora da história como ele a vê; ele também se volta para o assunto do anticristo, um tema comumente discutido quando se estuda a escatologia. O espírito do anticristo, o arrebatamento da igreja, a grande tribulação, a restauração da nação de Israel e o reino milenar de Cristo na Terra estão todos ente os muitos assuntos que a Bíblia descreve como “últimas coisas”. A Bíblia claramente diz que essas coisas devem acontecer. Entretanto, o momento exato não está claro: em muitos casos não é dada a seqüência ou maneira correta do cumprimento de tais acontecimentos.
Este site não segue qualquer ponto de vista conclusivo em relação a esses assuntos popularmente discutidos. Pelo contrário, ele procura ajudar os companheiros cristãos a compreender o ponto de vista dos outros e a fim de auxiliar no diálogo e repudiar o fanatismo. Provavelmente não seja razoável para um cristão ser separado de outro na interpretação de coisas ainda futuras, coisas das quais não se pode saber o resultado final até que realmente ocorram. Tanto o arrebatamento da igreja (incluindo a segundo vinda de Cristo) quanto o milênio (ou o período de mil anos do reino de Cristo) são peças centrais no futuro profético. Honestidade em relação a esses dois acontecimentos, que são absolutamente certos nas Escrituras, mostra que não são absolutamente precisos em se designar uma época especifica ou método ou ordem definitiva de ocorrência.
São apresentados três possibilidades, todas com base bíblicas, sobre a ordem das coisas dos últimos dias. Isto sugerem, que nenhuma dessas correntes é a correta, mas, que são teorias apenas. Portanto, não deve-se jamais discuti-las ou serem ensinadas como verdade absoluta.

1. Amilenismo: (definição: Wayne Grudem)

A primeira posição aqui explicada, o amilenismo, é realmente a mais simples.
Segundo essa posição, a passagem de Apocalipse 20.1-10 descreve a presente era da igreja. Trata-se de uma era em que a influência de Satanás sobre as nações sofre grande redução de modo que o evangelho pode ser pregado por todo o mundo. Aqueles que reinam com Cristo por mil anos são os cristãos que morreram e já estão reinando com Cristo no céu. O reino de Cristo no milênio, segundo esse ponto de vista, não é um reino físico aqui na terra, mas sim o reino celestial sobre o qual ele falou ao declarar: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18).
Esse ponto de vista é chamado “amilenista” por sustentar que não existe nenhum milênio que ainda esteja por vir. Como os amilenistas crêem que Apocalipse 20 está-se cumprindo agora na era da igreja, sustentam que o “milênio” aqui descrito já está em curso no presente. A duração exata da era da igreja não pode ser conhecida, e a expressão “mil anos” é simplesmente uma figura de linguagem par um longo período em que os propósitos perfeitos de Deus vão se realizar.
De acordo com essa posição, a presente era da igreja continuará até o tempo da volta de Cristo. Quando Cristo voltar, haverá ressurreição tanto de crentes como de incrédulos. Os crentes terão o corpo ressuscitado e unido novamente com o espírito e entrarão no pleno gozo do céu para sempre. Os incrédulos serão ressuscitados para enfrentar o julgamento final e a condenação eterna. Os crentes também comparecerão diante do tribunal de Cristo (2 Co 5.10), mas esse julgamento irá apenas determinar os graus de recompensa no céu, pois só os incrédulos serão condenados eternamente. Por esse tempo também começarão o novo céu e a nova terra. Imediatamente após o juízo final, o estado eterno terá início e permanecerá para sempre.
Esse esquema é bem simples porque nele todos os eventos dos tempos do fim ocorrem de uma só vez, imediatamente após a volta de Cristo. Alguns amilenistas dizem que Cristo pode voltar a qualquer momento, enquanto outros (como Berkhof) alegam que alguns sinais ainda não se cumpriram.

2. Pós-milenismo: (definição: Wayne Grudem)

O prefixo pós significa “depois”. Segundo esse ponto de vista, Cristo voltará após o milênio.
Segundo esse ponto de vista, o avanço do evangelho e o crescimento da igreja se acentuarão de forma gradativa, de tal modo que uma proporção cada vez maior da população mundial se tornará cristã. Como conseqüência, haverá influências cristãs significativas na sociedade, esta funcionará mais e mais de acordo com os padrões de Deus e gradualmente virá uma “era milenar” de paz e justiça sobre a terra. Esse “milênio” durará um longo período (não necessariamente de mil anos literais) e, por fim, ao final desse período, Cristo voltará à terra, crentes e incrédulos será ressuscitados, ocorrerá o juízo final e haverá um novo céu e uma nova terra. Entraremos então no estado eterno.
A característica principal do pós-milenismo é ser muito otimista acerca do poder do evangelho par mudar vidas e estabelecer o bem no mundo. A crença no pós-milenismo tende a aumentar em época em que a igreja experimenta grande avivamento, há ausência de guerras e conflitos internacionais e aparentemente se obtêm grandes avanços na vitória sobre o mal e sobre o sofrimento no mundo. Mas o pós0milenismo em sua forma mais responsável não se baseia simplesmente na observação dos eventos do mundo em nossa volta, mas em argumentos extraídos de várias passagens da Escrituras, as quais examinaremos abaixo.
3.Pré-milenismo: (defininção: Wayne Grudem)
a) Pré-milenismo clássico ou histórico: 
O prefixo “pré” significa “antes” e a posição pré-milenista diz que Cristo irá voltar antes do milênio. Esse ponto de vista é defendido desde os primeiros séculos do cristianismo.
Segundo esse ponto de vista, a presente era da igreja continuará até que, com a proximidade do fim, venha sobre a terra um período de grande tribulação e sofrimento. Depois desse período de tribulação no final da era da igreja, Cristo voltará à terra estabelecer um reino milenar. Quando ele voltar, os crentes que tiverem morrido serão ressuscitados, terão o corpo reunido ao espírito, e esses crentes reinarão com Cristo sobre a terra por mil anos. (Alguns pré-milenistas o consideram mil anos literais, enquanto outros o entendem como expressão simbólica para um período longo.) Durante esse tempo, Cristo estará fisicamente presente sobre a terra em seu corpo ressurreto e dominará como Rei sobre toda a terra. Os crentes ressuscitados e os que estiverem sobre a terra quando Cristo voltar receberão o corpo glorificado da ressurreição, que nunca morrerá, e nesse corpo da ressurreição viverão sobre a terra e reinarão com Cristo. Quanto aos incrédulos que restarem sobre a terra, muitos (mas não todos) se converterão a Cristo e serão salvos. Jesus reinará em perfeita justiça e haverá paz por toda a terra. Muitos pré-milenistas sustentam que a terra será renovada e veremos de fato o  novo céu e a nova terra durante esse período (mas a fidelidade a esse ponto não é essencial ao pré-milenismo, pois é possível ser pré-milenista e sustentar que o novo céu e a nova terra virão só depois do juízo final). No início desse tempo, Satanás será preso e lançado no abismo, de modo que não terá influência sobre a terra durante o milênio no abismo, de modo que não terá influência sobre a terra durante o milênio (Ap 20.1-3).
De acordo com o ponto de vista pré-milenista, no final dos mil anos Satanás será solto do abismo e unirá as forças com muitos incrédulos que se submeteram externamente ao reinado de Cristo, mas por dentro revolvem-se em revolta contra ele. Satanás reunirá esse povo rebelde para batalhar contra Cristo, mas serão derrotados definitivamente. Cristo então ressuscitará todos os incrédulos que tiverem morrido ao longo da história, e esses comparecerão diante dele para o julgamento final. Uma vez realizado o juízo final, os crentes entrarão no estrado eterno.
Parece que o pré-milenismo tende a crescer em popularidade à medida que a igreja experimenta perseguição e o sofrimento e o mal aumentam sobre a terra. Mas, assim como no caso do pós-milenismo, os argumentos a favor do pré-milenismo não se baseiam em observação de eventos correntes, mas em passagens específicas das Escrituras, especialmente (mas não exclusivamente) Apocalipse 20.1-10.

b) Pré-milenismo pré-tribulacionista (ou pré-milenismo dispensacionalista): 

Outra variedade de pré-milenismo conquistou ampla popularidade nos séculos XIX e XX, em especial no Reino Unido e nos Estado Unidos. Segundo essa posição, Cristo voltará não só antes do milênio (a volta de Cristo é pré-milenar), mas também ocorrerá antes da grande tribulação (a volta de Cristo é pré-tribulacional). Esse ponto de visa é semelhante à posição pré-milenista clássica mencionada acima, mas com uma importante diferença: acrescenta outra volta de Cristo antes de sua vinda para reinar sobre a terra no milênio. Essa volta é vista como um retorno secreto de Cristo para tirar os crentes do mundo.

Segundo esse ponto de vista, a era da igreja continuará até que, de repente, de maneira inesperada e secreta, Cristo chegará a meio caminho da terra e chamará para si os crentes: “...os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares” (1Ts 4.16-17). Cristo então retornará ao céu com os crentes arrebatados da terra. Quando isso acontecer, haverá uma grande tribulação sobre a terra por um período de sete anos.
Durante esse período de sete anos de tribulação, cumprir-se-ão muitos dos sinais que, segundo predições, precederiam a volta de Cristo. O grande ajuntamento da plenitude dos judeus ocorrerá à medida que eles aceitarem Cristo como o Messias. Em meio ao grande sofrimento haverá também muita evangelização eficaz, realizada em especial pelos novos cristãos judeus. Ao final da tribulação, Cristo voltará com os seus santos para reinar sobre a terra por mil anos. Depois desse período milenar haverá uma rebelião que resultará na derrota final de Satanás e suas forças, e então virá a ressurreição dos incrédulos, o último julgamento e o começo do estado eterno.

Deve-se mencionar outra característica do pré-milenismo pré-tribulacionista: essa postura se encontra quase exclusivamente entre os dispensacionalistas que desejam fazer distinção clara entre a igreja a Israel. Essa posição pré-tribulacionista permite que a distinção seja mantida, uma vez que a igreja é retirada do mundo antes da conversão geral do povo judeu. Esse povo judeu, portanto, permanecerá um grupo distinto da igreja. Outra característica do pré-milenismo pré-tribulacionista é sua insistência em interpretar as profecias bíblicas “literalmente sempre que possível”. Isso se aplica em especial a profecias do Antigo testamento acerca de Israel. Os que defendem essa posição argumentam que essas profecias da futura bênção de Deus a Israel ainda irão se cumprir entre o próprio povo judeu; elas não devem ser “espiritualizadas”, tentando-se ver o seu cumprimento na igreja. Por fim, uma característica atraente do pré-milenismo pré-tribulacionista é que ele permite às pessoas insistir em dizer que a volta de Cristo pode ocorrer “a qualquer momento” e, por essa razão, fazem justiça ao significado pleno das passagens que nos incentivam a estarmos prontos para a volta de Cristo, ao mesmo tempo que ainda admite um cumprimento bem literal dos sinais que precedem a sua volta, pois diz que lês se darão durante a tribulação.

QUESTÕES QUE RESULTAM EM AVANÇOS E RETROCESSOS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

A LDB, (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) é a mais importante lei brasileira que se refere à educação. Esta lei foi aprovada em dezembro de 1996 com o número 9394/96. A lei também é conhecida popularmente como Lei Darcy Ribeiro, em homenagem a este importante educador e político brasileiro, que foi um dos principais formuladores desta lei.  A LDB é composta por 92 artigos que versam sobre os mais diversos temas da educação brasileira, desde o ensino infantil até o ensino superior. Suas Principais características são:
- estabelecer que todo cidadão brasileiro tem o direito ao acesso gratuito ao Ensino Fundamental (9 anos de estudo). Aponta para que este direito seja, gradativamente, levado também ao Ensino Médio.
- determina a função do Governo Federal, Estados e Municípios no tocante a gestão da área de educação.
- estabelece as obrigações das instituições de ensino (escolas, faculdades, universidades, etc);
- determina a carga horária mínima para cada nível de ensino; 
- apresenta diretrizes curriculares básicas; 
- aponta funções e obrigações dos profissionais da educação (professores, diretores, etc.).
Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. A escola (Ensino Fundamental e Médio) ou a universidade tornaram-se locais de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem investido muito neste setor.
Porém, o Brasil ficou entre os últimos colocados no exame de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, mais conhecido pela sigla PISA, que é aplicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 65 países. Mesmo em comparação com outros países em desenvolvimento, como China e Rússia, o Brasil está bem atrasado. A China está em primeiro lugar nos exames de Matemática e Leitura, enquanto a Rússia ocupa as 36ª e 41ª posições. O Brasil, apesar do crescimento econômico e desenvolvimento social dos últimos anos, está em 58º e 55º lugar.
Uma possível explicação para esse resultado é o valor do investimento por aluno no Brasil - um dos menores dos países avaliados pela OCDE. Enquanto gastamos cerca de U$ 2.751 por aluno por ano no Ensino Médio, segundo a Organização, a Rússia gastou U$ 4.100 por aluno, e países desenvolvidos como Suíça e Estados Unidos investiram mais de U$ 10.000 por aluno no mesmo período.
Essa é apenas uma parte dos problemas da Educação brasileira atualmente. Ainda que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), mostre que as metas de qualidade instituídas para o Ensino Público vêm sendo cumpridas ano a ano, há muitos problemas a serem resolvidos, que vão além da aprovação e desempenho dos alunos nas avaliações. Veja alguns deles:
Permanência: segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda há mais de 3,3 milhões de crianças de 4 a 17 anos fora da escola, valor maior do que toda a população de Alagoas, ou do Piauí. No que diz respeito às crianças de 0 a 3 anos, o serviço de creche serve apenas 23,5%. Para atingir a meta do MEC de 50%, ainda será preciso incluir mais de três milhões de crianças nas creches.
De acordo com Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, se somadas, as demandas de matrículas das crianças de 0 a 3 e de 4 a 17 anos chegam a 7 milhões. "Isso demonstra a necessidade do Brasil em disponibilizar recursos para a criação de matrículas. E quando se cria uma matrícula, deve-se manter essa matrícula. O problema maior do Brasil hoje tem sido a manutenção. Para manter uma matrícula é preciso investir no professor - ou seja, pagar um salário adequado e garantir um plano de carreira, assim como as condições necessárias para a relação de ensino e aprendizagem", avalia.
O relatório de Desenvolvimento Humano de 2012, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), alerta para o alto índice de evasão no Brasil (24,3%), a terceira maior taxa de abandono escolar entre os cem países com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Só em 2012, o Censo Escolar aponta o abandono de 1,6 milhões de crianças e adolescentes da escola durante o ano letivo. É como se a cada minuto três alunos deixassem os estudos neste ano!
Uma das razões que explica a evasão escolar é o trabalho infantil, que atinge3,15 milhões de estudantes com menos de 13 anos, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar 2012, do IBGE. Dividindo os estudos com o trabalho, muitas crianças deixam a escola ou acumulam atraso de séries. A Pnad de 2011 mostra que 1/3 dos alunos que deveriam estar no Ensino Médio estão no Ensino Fundamental, sendo que em dois estados brasileiros (Piauí e Pará), alunos repetentes são maioria nas salas de aula.
O atraso e o abandono fazem com que quase metade da população brasileira (45,5%) com 25 anos ou mais não tenha o ensino fundamental completo, segundo dados da Pnad 2012. Em relação à América Latina, o relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD mostra que o Brasil tem a menor média de anos de escolaridade, junto do Suriname, com 7,2 anos de estudo. Na Bolívia, os alunos passam em média dois anos a mais na escola do que no Brasil!!!
Os dados de acesso e de permanência são fundamentais, pois indicam um desafio primordial que antecede a qualidade do ensino, outro enorme problema da Educação brasileira. É necessário garantir o direito das crianças e jovens à Educação e também certificar que seu percurso seja devidamente concluído. "Na prática, o Brasil vai muito mal em termos de anos de estudo da sua população. Esse é um indicador basilar em todas as realidades em todos os países. A quantidade de anos de estudo da população interfere em uma série de aspectos relevantes aos direitos das pessoas e do desenvolvimento do país, e o Brasil está defasado porque a Educação nunca foi de fato uma prioridade", afirma Daniel Cara.
            Alfabetização: a alfabetização é a base para a aprendizagem dos alunos nas séries seguintes. Sem autonomia de leitura e de escrita, a criança terá dificuldades para continuar aprendendo. Esse é o caso de mais da metade das crianças brasileiras. 55,4% dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, fase final da alfabetização, não leem ou interpretam um texto de forma correta, segundo a Prova ABC 2011, que avalia a qualidade da alfabetização no ensino público e privado.
Outra pesquisa, a Pnad - divulgada em 2013 -, estima que a taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais é de 8,7%, o que corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país. Pela primeira vez desde 1997, o número de pessoas que não sabem ler nem escrever parou de cair. Além disso, o Brasil ocupa a 8ª posição no ranking de países com maior número de analfabetos adultos, segundo o 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, da Unesco.
Há também pessoas que sabem ler frases simples, mas não interpretam ou utilizam textos mais complexos. O Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf), do Instituto Paulo Montenegro, mostra que esse era o caso de 27% da população entre 15 e 64 anos em 2012.
Qualidade: além dos problemas de acesso e de permanência, os alunos também enfrentam dificuldades de aprendizagem desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Não basta estar na escola, é preciso garantir que os alunos estejam aprendendo. De acordo com os resultados da Prova Brasil 2011, nove em cada dez estudantes não aprenderam o que deveriam em Matemática no Ensino Médio e sete em cada dez alunos não aprenderam o que deveriam em Português no 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.
Camilla Salmazi, do movimento Todos pela Educação, chama a atenção para o respeito da idade adequada e da qualidade da aprendizagem desde a alfabetização, que é imprescindível para que os alunos continuem aprendendo nos próximos anos. "Se a alfabetização não acontece na idade certa, muito provavelmente esse aluno terá problemas de desempenho e de aprendizagem no futuro. Não é somente a decodificação, é a questão de conseguir ler e entender o que está lendo para que possa seguir aprendendo nos anos seguintes e consequentemente conseguir concluir o Ensino Fundamental e Médio na idade correta. O desafio maior está na qualidade do desempenho da Educação."
O ex-ministro da Educação, Henrique Paim, afirmou em que o Ensino Médio é o setor com mais desafios. "Nosso problema, na realidade, é de qualidade e de inclusão. Logo no primeiro ano do Ensino Médio, o índice de reprovação é de 30%, fator que está relacionado também à evasão escolar. De 1997 para cá, conseguimos a inclusão de 5 milhões de estudantes. Fazer essa inserção com qualidade é o desafio." O ex-ministro Cid Gomes reiterou essa questão: "entre todos os grandes desafios da Educação no Brasil, melhorar a qualidade do ensino médio é um dos maiores".
Infraestrutura e Planejamento: outro fator que afeta o ensino é a falta de planejamento. De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2011, do IBGE, entre os 5.565 municípios existentes no Brasil, 2.181 não têm um Plano Municipal de Educação (PME). Esse documento estabelece diretrizes e metas educacionais para o município, de maneira integrada ao Plano Nacional de Educação (PNE).
Regina Scarpa, do Instituto Vera Cruz, acredita que do ponto de vista municipal, da política pública, a maior preocupação é com o currículo da rede e da formação dos professores atrelados a esse currículo. "É necessária uma equipe técnica, o próprio nome já diz, e menos política no sentido de que a equipe não deveria ser indicada a cada quatro anos, pra que se tenha uma continuidade administrativa. Uma equipe técnica que se corresponsabilize pela formação, que ajude na formação dos diretores e coordenadores pedagógicos", afirma. Já dentro das escolas, Scarpa destaca a necessidade de o diretor ser um líder do projeto político-pedagógico (PPP), documento que traça a identidade, os objetivos e propostas de ações de uma escola para a formação de seus alunos. Ela também aponta a importância de um coordenador pedagógico que faça a formação dos professores e os ajude no monitoramento das atividades e na comunicação com os pais.
Somente uma boa gestão, contudo, não é o suficiente. São necessárias também condições de ensino e infraestrutura adequada ao desenvolvimento dos alunos. Apenas 0,6% das escolas públicas brasileiras de Educação Básica têm prédios considerados completos. As demais unidades de ensino não têm bibliotecas, quadras e laboratórios, entre outros itens pedagógicos considerados importantes para uma aprendizagem de qualidade, além de espaços adequados para alunos com deficiência. A maior parte das escolas brasileiras (84,5%) apresenta uma estrutura elementar ou básica, segundo uma pesquisa da UnB e UFSC feita a partir de dados do Censo Escolar de 2011, em estabelecimentos públicos e privados, rurais e urbanos.
Formação e valorização de professores: espera-se que a educação no Brasil resolva, sozinha, os problemas sociais do país. No entanto, é preciso primeiro melhorar a formação dos docentes, visto que o desenvolvimento dos professores implica no desenvolvimento dos alunos e da escola.
Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.
A importância da valorização docente é um consenso entre profissionais e especialistas em Educação. Um ensino de qualidade depende em grande medida do papel dos professores na formação dos alunos. No entanto, parecemos caminhar na direção oposta. Enquanto países líderes em Educação como Cingapura e Coreia do Sul têm políticas claras de valorização do docente, o Brasil ainda engatinha nesse sentido.
Apesar de conquistas como a Lei do Piso, que determina valores de salário e carga horária dos docentes, os salários dos professores brasileiros estão muito abaixo da média de profissionais com a mesma qualificação. De acordo com o Relatório de Monitoramento Global do Programa Educação para Todos da UNESCO de 2013/14, quando o salário dos professores é pior do que o de outros profissionais de áreas compatíveis, é menos provável que os melhores alunos se tornem professores, e é mais provável que os professores percam a motivação ou deixem a profissão. Segundo o relatório, na América Latina, em geral, os professores recebem salários inferiores em relação a profissões que exigem o mesmo nível de estudos. Em 2007, profissionais e técnicos com características similares ganhavam 43% a mais do que professores pré-primários e primários no Brasil, e 50% mais, no Peru.
A questão financeira, somada ao desprestígio social e à ausência de um plano de carreira, reduz a atratividade para a docência, prejudicando o ensino como um todo. Uma pesquisa das fundações Victor Civita e Carlos Chagas realizada com 1.501 jovens do Ensino Médio revelou que apenas 2% deles indicaram como primeira opção de ingresso a faculdade de Pedagogia ou Licenciatura. Dentre as razões citadas estão a renda, o desgaste no trabalho, o desrespeito e a desvalorização da imagem do professor na sociedade.
A questão não se limita à carreira e ao salário. A formação inicial e continuada - pós-graduação, especialização, cursos etc. - dos professores é também um aspecto fundamental da valorização docente. De acordo com dados do Ministério da Educação, cerca de 25% dos professores de Educação Básica possuem, no máximo, o Ensino Médio ou Magistério. Além de desmotivar o profissional, a carência na formação inicial e continuada prejudica o aprendizado dos alunos. Em 2013, 1 em cada cinco professores dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) não fizeram ensino superior. Dos professores em sala de aula nessa fase, 35,4% não fizeram licenciatura, ou seja, não são habilitados para dar aula. As informações são do Censo Escolar. Segundo Regina Scarpa, muitas vezes o professor da alfabetização não tem a formação básica de didáticas para essa etapa de ensino, tendência que costuma piorar nas séries seguintes.
Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores deixar de ser um processo de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de aprendizagem, como um ganho individual e coletivo, e não como uma agressão.
Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos e até se indagar com questões a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evolução da sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação.

Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo costume, a “culpa” tenderia a cair sobre o profissional docente. Dessa forma, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de muitas esperanças sociais e políticas em crise nos dias atuais. As críticas externas ao sistema educacional cobram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação, sozinha, tivesse que resolver todos os problemas sociais.
Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, dotar professores de livros e novos materiais pedagógicos. O fato é que a qualidade da educação está fortemente aliada à qualidade da formação dos professores. Outro fato é que o que o professor pensa sobre o ensino determina o que o professor faz quando ensina. O desenvolvimento dos professores é uma precondição para o desenvolvimento da escola e, em geral, a experiência demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros. Nenhuma reforma, inovação ou transformação – como queira chamar – perdura sem o docente.
Ainda estamos longe de atingir a meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade e carregando o fardo de um baixo desempenho no IDEB. Com o índice de aprovação na média de 0 a 10, os estudantes brasileiros tiveram a pontuação de 4,6 em 2009. Em 25 de junho de 2014, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, sancionou o Plano Nacional de Educação. O plano criou 20 metas que devem ser atingidas até o ano de 2024, além de destinar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação.
É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se modificam na medida em que os docentes percebem resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Para uma mudança efetiva de crença e de atitude, caberia considerar os professores como sujeitos. Sujeitos que, em atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de aprendizagem.
Certamente, os professores não podem ser tomados como atores únicos nesse cenário. Podemos concordar que tal situação também é resultado de pouco engajamento e pressão por parte da população como um todo, que contribui à lentidão. Ainda sem citar o corporativismo das instâncias responsáveis pela gestão – não só do sistema de ensino, mas também das unidades escolares – e também os muitos de nossos contemporâneos que pensam, sem ousar dizer em voz alta, “que se todos fossem instruídos, quem varreria as ruas?”; ou que não veem problema “em dispensar a todos das formações de alto nível, quando os empregos disponíveis não as exigem”.


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