I.
PERSONALIDADE DO ESPÍRITO
A) Provada por Suas Características:
1)
Ele é inteligente (1Co 2.10,11).
2) Ele tem emoções (Ef 4.30).
3) Ele tem vontade ( 1Co 12.11).
B) Provada por Sua Obras:
1) Ele ensina (Jo 14.26).
2) Ele guia (Rm 8.14).
3) Ele comissiona (At 13.4).
4) Ele dá ordens a homens ( At 8.29).
5) Ele age no homem (Gn 6.3).
6) Ele intercede (Rm 8.26). 7)
7) Ele fala (Jo 15.26; 2Pe 1.21).
C) Provada pelo que Lhe é Atribuído:
1) Ele pode ser obedecido (At 10.19-21).
2) Pode-se mentir a Ele (At 5.3).
3) Ele pode ser resistido (At 7.51).
4) Ele pode ser reverenciado (Sl 51.11).
5) Pode-se blasfemar contra Ele (Mt 12.31).
6) Ele pode ser entristecido (Ef 4.30).
7) Ele pode ser ultrajado (Hb 10.29).
D) Provado por Uma Gramática Incomum:
A despeito do fato de a palavra grega para Espírito ser neutra em gênero,
várias vezes se empregam pronomes masculinos para substituir o substantivo
neutro, o que contraria todas as regras normais de gramática, mas indica a
personalidade do Espírito (Jo 16.13,14; 15.26; 16.7,8)
II. A
DIVINDADE DO ESPÍRITO
A) Provada pelos Seus Nomes:
1)
Nomes que relacionam o Espírito em pé de igualdade às demais Pessoas da
Trindade (1Co 6.11).
2) Nomes que O apresentam realizando obras que somente Deus pode fazer (Rm
8.15; Jo 14.16)
B) Provada por Suas Características:
O Espírito possui atributos divinos:
1) Onisciência (1Co 2.10,11).
2) Onipresença (Sl 139.7).
3) Onipotência (Gn 1.2).
4) Verdade (1Jo 5.6).
5) Santidade (Lc 11.13).
6) Vida (Rm 8.2).
7) Sabedoria (Is 40.13).
C) Provada por Suas Obras:
Ao Espírito são atribuídas obras que somente Deus pode realizar.
1) Criação (Gn 1.2).
2) Inspiração (2Pe 1.21).
3) Gerar a Cristo em Sua encarnação (Lc 1.35).
4) Convencer o homem (Jo 16.8).
5) Regenerar o homem (Jo 3.5,6).
6) Consolar (Jo 14.16).
7) Interceder (Rm 8.26,27).
8) Santificar (2Ts 2.13).
D) Provada por Sua Associação em pé de igualdade:
Com as demais Pessoas da Trindade (At 5.3,4; Mt 28.19; 2Co 13.13)
III. A
PROCESSÃO (procedência) DO ESPÍRITO
A) Definição:
Processão
é uma palavra que tenta descrever o eterno relacionamento entre o Espírito e as
outras duas Pessoas da Trindade. Ele procedeu eternamente do Pai e do Filho sem
que isso dividisse ou alterasse, de algum modo, a natureza de Deus.
B) História:
Este conceito foi formulado no Credo de Constantinopla em 381. Em 589, o
sínodo de Toledo acrescentou a famosa cláusula latina “filioque”, que afirmava
que o Espírito procedia do Pai e do Filho.
C) Escrituras:
João 15.26 afirma expressamente que o Espírito procede do Pai, ao passo que
a idéia de Sua processão do Filho vem de versículos como Gálatas 4.6, Rm 8.9 e
Jo 16.7.
IV.
TIPOS E ILUSTRAÇÕES DO ESPÍRITO
Vestimenta
( Lc 24.49)
Pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32)
Penhor (2Co 1.22; 5.5; Ef 1.14)
Fogo (At 2.3)
Óleo (Lc 4.18; At 10.38; 2Co 1.21; 1Jo 2.20)
Selo (2Co 1.22; Ef 1.13; 4.30)
Servo ( Gn 24)
Água (Jo 4.14; 7.38,39)
Vento (Jo 3.8; At 2.1,2)
V. OBRA
DO ESPÍRITO NO ANTIGO TESTAMENTO
A) Na Criação:
O
Espírito deu à criação:
1) Vida (Sl 104.30; Jó 33.4).
2) Ordem (Is 40.12; Jó 26.13).
3) Beleza ( Sl 33.6; Jó 26.13).
4) Preservação (Sl 104.30).
B) No Homem:
1) Habitação Seletiva:
a) O Espírito estava em certas pessoas na época do AT (Gn 41.38; Nm 27.18; Dn
4.8; 5.11-14; 6.3)
b) O Espírito vinha sobre várias pessoas (Jz 3.10; 6.34; 11.29;
13.25; 1Sm 10.9,10; 16.13) c) O Espírito enchia alguns (Ex 31.3; 35.31). Assim,
Seu relacionamento pessoal com os homens no AT era limitado, pois nem todos
experimentavam Sua ação e esta não era necessariamente permanente em todos os
casos (Sl 51.11)
2) Capacitação para serviço (especialmente na construção do Tabernáculo, Ex
31.3, mas também em outras circunstâncias, Jz 14.6).
3) Restrição geral ao pecado (Gn 6.3).
VI. A
OBRA DO ESPÍRITO NA REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
A) Definições:
1)
Revelação significa o desvendamento de algo que era previamente encoberto ou
desconhecido. A revelação diz respeito ao material (i.e., o que).
2) Inspiração é o processo divino de supervisão dos autores humanos da Bíblia,
de modo que, usando suas próprias personalidades e estilos, compuseram e
registraram sem erro as palavras de Deus pra Sua revelação ao homem nos
manuscritos originais (os autógrafos). A inspiração diz respeito ao modo (i.e.,
o como).
B) O Autor da Revelação É o Espírito Santo:
A passagem mais específica é 2 Pedro 1.21 (cf. 2Sm 23.2; Ez 2.2; Mq
3.8; Mt 22.43; At 1.16; 4.25)
C) Os Meios da Revelação:
O Espírito usou:
1) A palavra falada (Ex 19.9).
2) Sonhos (Gn 20; 31).
3) Visões (Is 6.1).
4) A Palavra escrita (Jo 14.26; 1Co 2.13).
5) Cristo
D) O Autor da Inspiração É o Espírito Santo:
1) Do Antigo Testamento (2Sm 23.2,3; 2Tm 3.16; Mc 12.36; At 1.16;
28.25; Hb 3.7; 10.15,16).
2) Do Novo Testamento.
A) A inspiração do Novo Testamento foi pré-autenticada por Cristo (Jo 14.26).
B) Ela é afirmada pelos autores do Novo Testamento (1Co 14.37; Gl 1.7,8; 1Ts
4.2,15; 2Ts 3.6,12,14).
C) Ela é atestada mutuamente pelos apóstolos (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).
VII. A
OBRA DO ESPÍRITO NA VIDA DE CRISTO
A) Em Seu Nascimento Virginal:
O
Espírito Santo realizou a concepção no útero de Maria (Lc 1.35).
B) Em Sua Vida:
1) Cristo foi ungido pelo Espírito (Lc 4.18; At 10.38). Essa unção ocorreu
em Seu batismo, mas não é idêntica ao batismo (Jo 1.32). Essa unção significa
capacitação para o serviço.
2) Cristo foi cheio do Espírito (Lc 4.1).
3) Cristo foi selado com o Espírito (Jo 6.27)
4) Cristo foi guiado pelo Espírito (Lc 4.1).
5) Cristo foi capacitado pelo Espírito (Mt 12.28).
C) Em Sua Morte:
(Cf. Hb 9.14; alguns citam também Rm 1.4)
D) Em Sua Ressurreição:
(1Pe 3.18, possivelmente.)
VIII. A OBRA DO ESPÍRITO NA SALVAÇÃO
A) Convencimento: (Jo 16.8-11)
1) Definição: Convencer (Jo 16.8) significa esclarecer a verdade do
evangelho perante a pessoa não salva, de modo que seja reconhecida como
verdade, quer a pessoa receba ou não a cristo como seu Salvador.
2) Detalhes:
a) Do pecado. O estado pecaminoso do homem se deve à sua incredulidade.
B) Da Justiça. O homem é convencido da justiça de Cristo porque Ele ressurgiu e
ascendeu à direita do Pai.
C) Do juízo. O Espírito convence sobre o juízo vindouro porque satanás (o maior
inimigo) já foi julgado.
B) Regeneração: (Tt 3.5)
1) Definição: O ato divino de geração espiritual, pelo qual Ele comunica
vida eterna e nova natureza.
2) Meio: É a obra de Deus, particularmente do Espírito (Jo 3.3-7;
Tt 3.5). A fé é o requisito humano em presença do qual o Espírito regenera, e a
Palavra de Deus fornece o conteúdo cognitivo da fé.
3) Características:
a) É um ato instantâneo, não um processo (embora seus antecedentes e
conseqüências possam ser processos).
b) É não-experimental (não se deriva ou baseia em experiência, embora seja
seguida das experiências comuns à vida cristã).
4) Conseqüências:
a) Uma nova natureza (2Co 5.17)
b) Uma nova vida ( 1Jo 2.29).
C) Habitação: ( 1Co 6.19).
1) As pessoas habitadas: Todos os verdadeiros crentes, porque:
a) Mesmos crentes em pecado desfrutam da habitação (1Co 6.19)
b) O Espírito é um dom ( Rm 5.5)
c) A ausência do Espírito é prova da condição de não-salvo (Rm
8.9).
2) A Permanência da habitação: Os crentes podem perder a plenitude do
Espírito, mas não a Sua habitação (Jo 14.16).
3) Problemas com a habitação:
a) A obediência é uma condição (At 5.32)? Sim, mas a obediência à fé
cristã (At 6.7; Rm 1.5)
b) Algumas pessoas não foram apenas temporariamente habitadas? Sim, mas apenas
antes do dia de Pentecostes (1Sm 16.14)
c) Qual a relação entre a unção e a habitação? Elas ocorrem ao mesmo tempo, mas
com propósitos diferentes: a habitação é a presença de Deus na vida do crente,
ao passo que a unção o capacita a ser ensinado pelo Espírito (1Jo 2.20,27).
IX. OS
DONS DO ESPÍRITO
A) Definição:
Um
dom espiritual é uma capacidade dada por Deus ao crente para desempenho de um
serviço. Não é um lugar de serviço, nem um ministério para um grupo etário
especifico, nem um procedimento.
B) Distribuição:
1) Fonte: O Espírito ( 1Co 12.11)
2) Extensão: Todo crente tem pelo menos um, mas não todos (1Pe 4.10).
3) Tempo: Cada geração pode ou não ter todos os dons. Alguns dons foram
concedidos para o estabelecimento, a fundação da Igreja (Ef 2.20)
C) Desenvolvimento:
Essas capacidades podem e devem ser desenvolvidas por quem as tem.
D) Descrição:
Listas de dons se encontram em Rm 12.6-8; 1Co 12.8-10, 28-30; Ef 4.11
X. A
PLENITUDE DO ESPÍRITO
A) Definição:
Ter
a plenitude do Espírito, ou ser cheio do Espírito, significa ser controlado
pelo Espírito (Ef 5.18)
B) Características:
1) A plenitude do Espírito é uma ordem pra o crente (Ef 5.18, o verbo é um
imperativo)
2) A plenitude é passível de repetição (At 2.4; 4.31)
3) A plenitude do Espírito produz semelhança a Cristo ( Gl 5.22,23)
C) Condições para Estar Cheio do Espírito:
1) Uma vida dedicada (consagrada): A submissão ao controle do
Espírito, embora ordenada, é voluntária e exige atos de dedicação. Isto inclui
dois aspectos: Dedicação Inicial (Rm 12.1,2) e a Dedicação Continua da Vida (Rm
8.14).
2) Uma Vida Vitoriosa: Vitória diária sobre o pecado no cotidiano é uma
necessidade para esse controle do Espírito (Ef 4.30). Isto significa reagir
corretamente à luz da Palavra à medida que esta é revelada (1Jo 1.7)
3) Uma Vida de Dependência: Este é o significado de “andar no Espírito”
(Gl 5.16).
D) Conseqüências:
Ser cheio o controlado pelo Espírito significa:
1) Um caráter semelhante ao de Cristo ( Gl 5.22,23)
2) Adoração e Louvor (Ef 5.18-20)
3) Submissão (Ef 5.21)
4) Serviço (Jo 7.37-39)
XI.
OUTROS MINISTÉRIOS DO ESPÍRITO
Ensino:
Jo 16.12-15
Orientação: Rm 8.14
Convicção: Rm 8.16
Intercessão: Rm 8.26; Ef 6.18
Fonte: “A
Bíblia Anotada”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todo conteúdo dos comentários é de plena responsabilidade de seus idealizadores.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.